sábado, 7 de novembro de 2009

Invasão do Iraque - Tiroteio em Forte Hood, Texas








CADA HORA SE FALA UMA COISA, LEIAM:
Um major do Exército dos Estados Unidos abriu fogo contra soldados na base militar de Fort Hood, no Estado do Texas, matando 13 pessoas e deixando mais de 30 feridas.
 O comandante da base, o general Bob Cone, disse que o major - identificado como Nidal Malik Hasan - usou duas armas no tiroteio.
Relatos iniciais sugeriam que ele havia sido morto pela polícia, mas o general afirmou, durante uma entrevista coletiva, que Hasan estaria vivo e em condição estável.
Outros dois suspeitos foram presos, mas a polícia acredita que apenas um atirador tenha sido responsável pelo incidente.


AP
General Robert Cone fala em coletiva de imprensa sobre tiroteio em base militar

Entre os mortos estaria um policial e os demais seriam soldados da base - uma das maiores instalações militares do mundo.
Fort Hood, próxima da cidade de Killeen, abriga cerca de 40 mil soldados.
Segundo autoridades americanas, Hasan era um psiquiatra militar com idade entre 30 e 40 anos. Ele estava prestes a ser enviado para uma missão no Iraque.
Em uma coletiva de imprensa em Washington, o presidente dos EUA, Barack Obama, classificou o tiroteio como uma "grande explosão de violência" e prometeu uma investigação completa sobre o incidente.
Segundo o presidente, é uma tragédia quando soldados americanos morrem no exterior, mas é ainda mais horrível quando eles são atingidos em uma base militar em solo americano.

Militar ampara parente de vítima em base no Texas / AP

O correspondente da BBC em Washington Adam Brookes disse que o ocorrido mobilizou membros da Swat, a unidade especial da polícia americana, além de outros agentes policiais. Escolas na região foram fechadas.


A Guerra no Iraque


...No seu conjunto o ano de 2007 foi o mais duro ano depois do início da guerra em 2003, alcançando a cifra de 897 soldados americanos mortos (em 2003 foram 486; em 2004, 849; em 2005, 846; em 2006, 822). 


...As expectativas em torno de uma “virada” na Guerra do Iraque, em especial depois do Relatório Baker, no primeiro semestre de 2007, e do Plano de Ação do General Petraeus, no segundo semestre de 2007, não resultaram em qualquer melhoria das condições de segurança e de reconstrução no país. Bem ao contrário. Hoje os Estados Unidos computam 3.919 baixas “oficiais” no país ( das quais 132 foram suicídios! )
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WASHINGTON - Nascido e criado no Estado de Virgínia, filho de pais imigrantes de uma pequena cidade perto de Jerusalém, ele se alistou no Exército assim que saiu do Ensino Médio, contra a vontade de seus pais. O Exército, em troca, financiou sua educação universitária em medicina, onde ele estudou para se tornar psiquiatra.


AP
Nidal Malik Hasan
Nidal Malik Hasan
Mas o major Nidal Malik Hasan, o homem de 39 anos acusado de abrir fogo no Forte Hood, Texas, na quinta-feira, começou a questionar sua opção por uma carreira militar depois que outros soldados passaram a atacá-lo por ser muçulmano, ele disse a parentes que moram na Virgínia.
Mais recentemente, ele também expressou profunda preocupação a respeito de ser enviado ao Iraque ou Afeganistão.
Tendo aconselhado inúmeros soldados que voltaram das guerras com desordem de stress pós-traumático, primeiro no Centro Médico Walter Reed em Washington e mais recentemente no Forte Hood, ele conhecia bem demais as assustadoras realidades da guerra, disse seu primo Nader Hasan.
"Ele estava aterrorizado com a ideia de ter que ir para a guerra", disse Nader Hasan. "As pessoas iam até ele diariamente para falar sobre os horrores que viram por lá".
Nidal Hasan foi alvejado pela polícia de Forte Hood depois de abrir fogo dentro das instalações militares, matando pelo menos 13 pessoas, muitas das quais eram soldados, e ferindo outras 31.
Nader Hasan disse que seu primo não mencionou nos telefonemas recentes à família que seria enviado à guerra e afirmou que todos estão chocados com a notícia que viram na televisão na tarde de quinta-feira.
"Ele estava fazendo tudo o que podia para evitar a guerra", disse Hasan. "Ele queria fazer tudo dentro das regras para ter certeza que ele não seria enviado para lá".
Há alguns anos, isso incluiu a contratação de um advogado para descobrir se ele poderia deixar o Exército antes de seu contrato acabar, por causa das agressões que recebeu por ser muçulmano.
Mas Nader Hasan afirmou que o advogado disse a seu primo que mesmo se ele reembolsasse o Exército por sua educação, ele não poderia partir antes do final de seu compromisso.
Nader Hasan, 40, advogado que vive no norte do Estado de Virgínia, descreveu seu primo como um homem respeitoso e trabalhador que dedicou sua vida aos pais e à carreira.
Ele disse que o primo era um muçulmano praticante que se tornou ainda mais devoto depois da morte de seus pais, em 1998 e 2001.
Mas, segundo ele, o major nunca expressou visões antiamericanas ou ideias radicais.


FORTE HOOD, TEXAS

Maior base do US Army em todo o planeta. Portal de saída para as tropas a caminho do Iraque ou Afeganistão. Local de chegada dos mortos, feridos em combate para reabilitação (de lá são transferidos para os inúmeros hospitais de veteranos) ou, como jocosamente os próprios soldados denominam os companheiros que "fritaram seus cérebros" em situação de combate, ponto de chegada dos "fritados", distúrbio mental grave tecnicamente chamado de "desordem de stress pós traumático"


A taxa de suicídios entre os veteranos que participaram da Invasão ao Iraque é algo assustadora, os dados são desencontrados, mas algumas fontes sugerem que ela já seria maior que o némero de baixas (mortes) ocorridas na frente de batalha, desde 2003.


Segundo denúncias da Rede de TV americana CBS, que transcrevo abaixo, a coisa é escandalosamente muito maior do que sequer se pensou um dia.


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O Pentágono tem ocultado a verdadeira quantidade de baixas americanas na ocupação do Iraque. A verdadeira quantidade excede 16 mil e a CBS News tem provas disso.

Uma equipe de investigação da emissora de notícias americana CBS desejava fazer uma reportagem sobre a quantidade de suicídios nas forças armadas e apresentou solicitação, de acordo com a Lei da Liberdade de Informação, ao Departamento de Defesa.

Quatro meses depois, recebeu um documento que aponta que — entre 1995 e 2005 — houve 2.200 suicídios entre soldados "em serviço ativo".

O Pentágono ocultava a verdadeira magnitude da "epidemia de suicídios". Depois de uma investigação exaustiva dos dados de suicídios de veteranos, provenientes de 45 Estados, a CBS descobriu que, só em 2005, "houve pelo menos 6.256 entre os que serviam as Forças Armadas. Isto é, 120 em cada uma das 52 semanas de um só ano".

Não é um erro de digitação. Pessoal ativo e na reserva das forças armadas, sobretudo jovens veteranos entre 20 e 24 anos, retornam do combate e se matam em quantidades recordes. Podemos supor que "múltiplos períodos de serviço", em uma zona de guerra, tenham precipitado uma crise de saúde mental desconhecida por completo do público e que é negada totalmente pelo Pentágono.

Se forem somadas as 6.256 vítimas de suicídios de 2005 às 3.865 vítimas "oficiais" dos combates que são propaladas pelas autoridades, obteremos um total de 10.121. Este é, inclusive, um cálculo exageradamente baixo de cifras similares de suicídios para 2004 e 2006, o que significaria que a quantidade total de vítimas americanas da ocupação do Iraque excede, neste momento, a 15 mil militares.

Chega-se assim a 15 mil militares americanos, homens e mulheres, mortos em uma guerra que, até agora, não tem justificativa legal ou moral.

A CBS entrevistou o doutor Ira Katz, chefe da saúde mental do Departamento de Veteranos. Katz tratou de minimizar a "onda" de suicídios de veteranos afirmando: "Não há uma epidemia de suicídios entre os Veteranos, mas eles se constituem em um problema importante".

Talvez Katz tenha razão. Talvez não haja uma epidemia. Talvez seja perfeitamente normal que homens e mulheres retornem do combate, caiam em uma depressão inconsolável e que existam mais suicidas que os que morrem no campo de combate.

Talvez seja normal que o Pentágono os abandone quando retornem de suas missões, para que possam estourar os miolos ou se enforcar com uma mangueira de jardim no sótão.

Talvez seja normal que os políticos sigam financiando uma matança generalizada enquanto deixam de lado as vítimas que produziram, com sua indiferênça e falta de coragem, talvez seja normal que o presidente insista em repetir as mesmas mentiras insípidas que perpetuam a ocupação e que seguem mantando muitos jovens soldados que se arriscaram por seu país.

Não é normal; é uma pandemia — uma explosão de desespero que é o corolário natural de uma vida em constante temor; de ver seus amigos serem despedaçados por bombas à beira de estradas, ou que crianças sejam despedaçadas em postos de controle, ou de encontrar corpos maltratados atirados à margem de um rio, como se fossem sacos de lixo.

A onda de suicídios é o desdobramento lógico da guerra de Bush. Os soldados que retornam estão traumatizados pelas suas experiências e agora se matam em massa.
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Número de americanos mortos no Iraque é o mais baixo desde 2003
 
O número de soldados americanos mortos no Iraque ficou em 12 no mês de julho, o menor desde a invasão do país pela coalizão liderada pelos Estados Unidos em 2003.

As Forças Armadas americanas anunciaram a 12ª morte na quinta-feira. Trata-se de um soldado que estava na Província de Nineveh, no norte do Iraque, e morreu em um incidente não relacionado a combates. Das mortes em julho, apenas cinco foram em "incidentes hostis". Mais de 4 mil soldados americanos morreram no Iraque desde a invasão. Já houve meses em que mais de 120 soldados americanos morreram no país asiático. Cálculos recentes sugerem que o número de mortes tem caído também entre os iraquianos.

Escalada
A redução no número de mortes ocorre em meio a vários fatores, como a escalada na presença das forças americanas no Iraque, o cessar-fogo estabelecido por militantes xiitas e os esforços de sunitas para banir extremistas islâmicos.










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