sexta-feira, 11 de junho de 2010

Diamond DA42 NG testa biocombustível na ILA-Berlim

DIAMOND NEWS

EADS promove demonstração de bicombustível a base de algas na feira ILA-Berlim em aeronave Diamond
Por Niall O'Keeffe


A EADS – parceira da Airbus está alcançando um verdadeiro avanço ambiental na ILA-Berlim voando um avião movido por bicombustível composto exclusivamente de algas.

Diariamente durante a feira os vôos serão realizados usando o bimotor Diamond DA42NG com motor Austro Engine AE300. Como resultado da alta concentração de energia contida nas algas, a queima de combustível será de 1,5 litros por hora (0.4US gal/h) a menos do que usando o combustível Jet-A1 convencional, diz a EADS, acrescentando: "Apenas ajustes e modificações relativamente pequenos tiveram que ser feitos no motor da aeronave."

A EADS estima que o bicombustível à base de algas contenha um oitavo do nível de hidrocarbonetos no querosene derivado de petróleo, e libera 40% menos óxido de nitrogênio e cerca de 98% menos dióxido sulfúrico do que o combustível Jet-A1 convencional.

As algas tem sido apresentadas como potencial solução para as preocupações de emissão de carbono na aviação devido ao seu cultivo - que não compete com a produção de alimentos - pode ser realizado em terras de má qualidade, com água não potável ou mesmo água do mar. Além disso, se reproduz rapidamente e, pelos cálculos da EADS, cria "pelo menos 30 vezes mais biomassa por área de cultivo que uma plantação de  colza".

No entanto, a tarefa de alcançar produção em escala é dificultada devido a elevada área aberta de superfície tomada nas lagoas, nas quais algas são cultivadas, a tecnologia especializada necessária para a fotossíntese, e dificuldades na realização de desaguamento eficiente.

EADS diz que "todas as tecnologias necessárias para desenvolver a produção de bicombustíveis a base de algas são conhecidas, mas o tamanho da indústria e da economia requerem um maior desenvolvimento" como é "significativamente mais caro” produzir óleo de algas do que de petróleo bruto.

Para superar esse obstáculo, a EADS agrupou parceiros em "um projeto-piloto para desenvolver a infra-estrutura industrial necessária" para produção de bicombustíveis à base de algas. Liderado por sua divisão de pesquisas e tecnologia Innovation Works, o projeto EADS recebeu apoio e financiamento do governo da Baviera e envolve a Diamond Aircraft, a Austro Engine e o Instituto de Processamento de Cereais Alemão - IGV.

O objetivo é "a produção custo-eficiente em massa de bicombustíveis de algas utilizando quantidades industriais de dióxido de carbono". A EADS estima que a quantidade de CO2 liberado durante o vôo é "como equivalente” ao que é absorvido durante a fase de crescimento das algas, criando potencial para vôos neutros de carbono.

O óleo de algas usado nos vôos de demonstração DA42 na ILA-Berlim foi entregue pelo Argentina Biocombustibles del Chubut e refinado em bicombustível pela Verfahrenstechnik Schwedt, da Alemanha. O bicombustível de algas ainda não está disponível em quantidades suficientes para abastecer um Airbus A320 de fuselagem estreita ou um A318, confirma EADS.

Em fevereiro, a fabricante revelou planos para avaliar o potencial das microalgas durante um período de 12 meses em colaboração com a Agência de Ciências - Tecnologia e Pesquisa de Singapura. Dentro desses planos, os parceiros se empenharão em investigar métodos de conversão do óleo de microalgas em combustível.
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