A audiência realizada nesta quarta-feira no fórum de Taguatinga era para tratar do assassinato ocorrido há nove anos de Márcio Leonardo Brito, presidente de uma associação de famílias que compraram lotes em um terreno de Constantino. O empresário é acusado de ser o mandante do assassinato, mas no fim da sessão, foi dada voz de prisão pelo outro crime.
O processo de Brasília envolve a família do próprio empresário, que é acusado de mandar matar o genro.
Do fórum de Taguatinga, o Constantino foi levado para o IML para ser examinado e depois seguiu para a carceragem.
O processo que corre em Taguatinga vai continuar em março com a audiência das testemunhas de defesa. Só então o juiz decide se Nenê Constantino vai a júri popular pelo assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo.
Processo de Taguatinga corre em segredo de Justiça
O processo sobre a morte de Márcio Leonardo Brito corre em segredo de Justiça. Nesta quarta-feira, oito testemunhas de acusação foram ouvidas. Nenê Constantino acompanhou o depoimento da delegada Mabel de Farias que, na época do crime, comandou as investigações.
O depoimento só foi aberto ao público em alguns momentos, tempo suficiente para a delegada Mabel reafirmar o envolvimento do dono da Gol no crime. Entre as provas estariam interceptações telefônicas gravadas com autorização judicial.
A vítima, Márcio Leonardo Brito, era presidente de uma associação que representava 100 famílias que compraram lotes num terreno de Nenê Constantino em Taguatinga. De acordo com a promotoria, a venda foi feita por um ex-funcionário do empresário, sem autorização dele. Constantino exigiu a saída de todos, que se recusaram e passaram a ser ameaçados. Márcio foi assassinado ao lado do terreno, na garagem da Viação Pioneira, de propriedade de Constantino.
Outras quatro pessoas ligadas ao empresário são acusadas de envolvimento no crime. Constantino já foi indiciado como mandante da morte de outro morador, sete meses antes.
- Por tudo que tem nos autos até o momento, sem dúvida o Ministério Público vai pedir a pronúncia dos acusados para que sejam colocados em julgamento perante o júri popular - afirma o promotor Bernardo de Urbano.
Fonte: O Globo
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