segunda-feira, 17 de maio de 2010

BLOG DO REPÓRTER AÉREO GERALDO NUNES

São Paulo é um exemplo do progresso que não consegue livrar-se da poluição.
por
Geraldo Nunes

O professor da FAU-USP, Benedito Lima de Toledo, escreveu  há alguns anos um livro onde ele explica que entre o final do século 19 e toda a passagem do século 20, a cidade de São Paulo foi demolida e se reconstruiu três vezes. Na velocidade em que já está o século 21, essas transformações tendem a ser ainda maiores ao longo dos próximos cem anos. Onde chega o metrô tudo em volta se transforma, casas são demolidas e o comércio floresce. Isto é bom, mas há um outro lado onde as autoridades precisam tomar cuidado.

Na foto aérea que veremos abaixo, perceberemos que os trilhos já chegaram ao humilde bairro de Vila Carioca, na região do Ipiranga. Cenário de enchentes no passado, onde o presidente Lula, ainda menino,  jogou futebol nos campinhos da região, tudo em volta irá mudar com a inauguração da Estação Tamanduateí que deve acontecer em breve. Lula jogou no Náutico da Vila Carioca, mas como não era bom jogador, seguiu outros caminhos... Deu no que deu.

Mas, retomando nosso assunto, a maioria dessas casas humildes que estamos vendo nas proximidades da obra do Metrô, darão lugar futuramente a arranha-céus porque todos gostam de morar perto do Metrô. Essa é a saga de São Paulo.
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O pátio de manobras também está quase pronto e nessa estação, a linha do Metrô irá se integrar à linha de trens da CPTM e ao Expresso Tiradentes, cujos viadutos podemos ver ao fundo.
O mato em volta deve dar lugar a novos edifícios.
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Ao lado da avenida Luiz Inácio Anhaia Mello, a Companhia do Metrô também finaliza a construção da Estação Vila Prudente que terá formato arredondado.
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Veja a mesma obra, ainda em fase final de construção, mas de um outro ângulo:
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Depois com o helicóptero seguimos para o extremo sul da cidade, onde voltamos nossas atenções para a Represa Guarapiranga, porque lá,  aguapés proliferam.
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Essas plantas aquáticas surgem da poluição que aumentou na represa após a abertura de um canal de transposição das águas da Billings,  no final da década de 1990.  A represa viva na época uma de suas maiores secas.
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Agora voltou a chover e isso ajudou a florescer os aguapés.
Eles atrapalham as embarcações que seguem pela represa que pertence ao município de São Paulo.
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Até quando iremos conviver com a poluição que não para de crescer?

Essas fotos foram tiradas entre os dias 5 e 6 de Maio de 2010, por  este repórter em sobrevôos no helicóptero da Rede Eldorado pela cidade, ao lado dos pilotos Eric e Anderson.


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