sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

O Show de Maduro: Quando um OPV britânico ameaça a poderosa Venezuela e outras balelas

Na continuação de uma série de atos artificiais visando desestabilizar a paz regional na América do Sul e afrontar a soberania da Guiana, o "Líder Máximo" da Venezuela, aquele retratado em desenhos animados de péssima qualidade como "Super Bigote", senhor Nicolás Maduro, declarou durante transmissão de TV em rede nacional que a presença de um "navio de guerra" britânico na Guiana é uma "ameaça" a Venezuela, e portanto, ações "defensivas" estariam sendo iniciadas pelo regime de Caracas, incluindo a mobilização e posicionamento de seis mil tropas bolivarianas em algum ponto próximo das fronteiras entre os dois vizinhos.


1- Chamar de "navio de guerra" um OPV classe River é um upgrade elogioso equivocado, um navio patrulha atua pela presença dissuasória, e seu poder de fogo de 30mm/35mm serve justamente para ações policiais em alto-mar, preservando a Zona Econômica Exclusiva e o limite de mar territorial, dentre outras tarefas.

O que incomoda Maduro e seus generais é a bandeira do Reino Unido hasteada no navio. 

El Super Bigote faz de tudo para parecer idiota aos olhos do mundo, mas até ele sabe o que significa arranhar que seja a pintura daquele navio, qualquer dúvida pesquise no Google 1982 South Atlantic (2 de abr. de 1982 – 14 de jun. de 1982).




2- Classificar como "ações defensivas" a concentração de tropas próximo de áreas territoriais em litígio é uma "piada pronta". 

No entanto, e apesar disso, a Venezuela é soberana para deslocar suas forças dentro de seu território, esse é um direito inalienável dos bolivarianos, todos entendem isso.

Assim como o Brasil transferir para Roraima um Regimento de Cavalaria Mecanizado completo, mais mísseis anti-carro, blindados Guaicurus 4x4 e Guarani 6x6, todos fabricados no Brasil por brasileiros, é algo que  faremos sem dar satisfações a quem quer que seja, pois é nosso direito inalienável, também.

 






Não é uma opção para qualquer força militar estrangeira, invadir o território brasileiro, não importa o pretexto. 

No passado, o Barão do Rio Branco conseguiu evitar derramamento de sangue em todas as gestões das quais participou, garantindo a integridade territorial do Brasil e tornando o nosso mapa reconhecido e afiançado internacionalmente.

Lutaremos por isso, se necessário for.

A Guerra só nos causa dor.

A Paz, queremos com fervor.

Porém, não aceitaremos o ultraje de uma invasão do nosso chão, nossa terra, nosso lar.

Cala-te, Mr. Maduro

domingo, 24 de dezembro de 2023

#TBT2009 - CVMARJ = veículos militares históricos raros, entrevista em 2009, no Forte de Copacabana!

Itália revela o novo MBT Aríete C2 Upgraded, que será denominado Aríete C3!

A atualização do MBT Aríete, provisoriamente denominada C2 deverá ser oficialmente anunciada como Aríete C3.

As principais mudanças delineadas pelo RID do C2 para o C3 serão o movimento parcial de munição para a torre e a adição de um sistema APS hard-kill, além da adoção do setup de sensores e capacidades da torre HITFACT MK II, adotada para os caça tanques Centauro II, e produzida pela Leonardo.



O novo Aríete C3 possui imageadores termais de última geração, e a óptica é composta pelas estações ATILLA-D e Lothar-SD, que são de terceira geração tanto para artilheiro quanto para comandante.

Attila-D é um Sistema Optrônico Multiespectral projetado para observação panorâmica 360º diurna/noturna, detecção, identificação e designação de alvos terrestres e aéreos estacionários e móveis, pelo comandante do MBT. 

A estabilização primária de dois eixos permite operações a partir de plataformas móveis sem redução no desempenho.

LOTHAR (Land Optronic Thermal Aiming Resource) é uma mira modular e compacta projetada para fornecer capacidade de identificação, reconhecimento e mira precisa ao atirador do Aríete C3, de dia ou noite.

Caso haja necessidade de desengajar durante um combate, podem ser usadas cargas fumígenas x8, que ao serem disparadas cobrem o arco frontal do veículo.



 

O Aríete C3 também utiliza um receptor de alerta laser, que avisa quando o MBT está sendo "iluminado" por dispositivo inimigo, e a torre tem painéis projetados para explodir para fora, caso seu compartimento de munição seja atingido, dando a tripulação maior chance de sobrevivência. 

Assim como o Centauro 2, o Aríete C3 também vai receber dispositivos anti-IED que aumentam a proteção do veículo contra minas e IED's.

Basicamente, o Aríete C3 vai ficar no mesmo nível tecnológico dos atuais Leopard 2A7+ e Leopard 2A8, mas com peso relativamente menor e proteção otimizada (mais leve) para cobrir o arco frontal do carro, com reforço nas laterais e teto da torre.

Internamente, o arranjo de telas a cores digitalizadas touch screen, manetes com múltiplos comandos e capacidade hunter killer aprimorada auxiliam enormemente a tripulação, que também conta com comunicações NATO criptografada, sistema inercial de navegação de grande precisão e banco de dados cartográficos digitalizados das áreas onde vai operar, aumentando a consciência situacional.



Histórico do Contrato

O contrato no valor de 35 milhões de euros entre o DAT (Escritório de Artilharia do Exército Italiano) e o consórcio CIO (Consorzio Iveco OTO Melara) da Iveco e Leonardo, foi adjudicado em agosto de 2019.

Em 22 de janeiro de 2022, foi entregue o primeiro protótipo do tanque atualizado para teste.

A modernização diz respeito principalmente ao conjunto de potência, chassis e armas.



Em termos de sistema de controle de fogo, o tanque é unificado ao máximo com o Veículo de Combate Centauro 2 Rodas. Estão instaladas uma mira panorâmica do comandante Attila-D e uma mira do artilheiro Lotar-SD, ambas com termovisores de terceira geração, um novo computador balístico, um sistema de visualização completo com saída para monitores foi introduzido, foram substituídas comunicações, navegação equipamento, uma estação de rádio separada foi instalada para comunicação com a infantaria localizada fora do tanque. 

Os acionamentos eletro-hidráulicos da arma principal foram substituídos por elétricos com controle digital. 

O sistema de proteção NBC foi melhorado e novos lançadores de granadas de fumaça foram instalados. 

A torre recebeu proteção adicional de tipo modular. A metralhadora MG3 de 7,62 mm montada no teto da torre foi substituída pela M2NV de 12,7 mm.

O motor passou por modernização, aumentou o volume de trabalho de 25,8 para 30 litros com a substituição de cilindros, pistões e virabrequim, o que aumentou o curso dos cilindros. 

Devido a isso, a potência máxima foi aumentada de 1.270 para 1.500 cv, e o torque máximo - de 4.615 Nm a 1.600 rpm para 5.800 Nm. 

Durante a atualização, o motor é equipado com controle digital e sistema de injeção common rail da Bosch, além de turbo-alimentador duplo, aquecedores adicionais Webasto para temperaturas abaixo de -25°C, filtros de combustível aquecidos e sistema de trocador de calor pós-resfriador.

A nova transmissão hidráulica, fabricada pela IVECO LG-3000 sob licença da empresa alemã ZF, está sendo atualizada com a instalação de um kit especial fornecido pela ZF.


A suspensão e os roletes do tanque, o sistema de freios também foram melhorados, novos tanques de combustível com novas linhas de combustível e um novo FFE foram instalados. Para melhorar a utilização cross-country de novas vias, foram introduzidas novas esteiras com largura aumentada em 20%.

A blindagem frontal foi reforçada no casco e também foi introduzida proteção anti-minas Kevlar no interior da torre e posto do motorista, no chassis.

Com a modernização, o peso de combate do MBT Ariete C3 subiu de 53,8 para 57 toneladas, um acréscimo de 3,2 toneladas.




sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Brasil (Exército) adquire 200 mísseis anti-carro MSS 1.2 AC da SIATT, segundo o jornalista Alexandre Garcia

 Na sua coluna de domingo, o jornalista Alexandre Garcia revela que, após conversar e consultar oficiais do Alto-Comando do Exército, recebeu a informação de que o Exército Brasileiro teria adquirido 200 mísseis anti-carro MSS 1.2 AC da empresa SIATT, e que este arsenal, a medida que for entregue, será despachado, em sua totalidade, para o Estado de Roraima.



Na fronteira do Brasil com a Venezuela, esses mísseis terão como principal missão dissuadir os militares venezuelanos de qualquer ideia estúpida como, por exemplo, invadir território brasileiro e usar nossas estradas para chegar a Guiana.

É importante salientar alguns pontos capitais nessa história de bravatas da Venezuela e seu atual Governo. 

Primeiro, qualquer movimentação de tropas, armas e capacidades que o Brasil faça, dentro de seu território, só diz respeito a sua capacidade de defender-se contra qualquer agressão, de qualquer natureza. 

Forças Militares brasileiras irão onde entenderem que devem ir, dentro do território nacional. Não temos que dar satisfações a ninguém sobre como lutamos para nos defendermos.

Segundo, e mais importante, cabe ao Brasil exercer a liderança para impedir que ditadores fantoches, pessoas eternizadas no poder através da violência contra seu próprio povo, tragam a este continente os horrores de uma guerra proxy, atendendo aos interesses de ditadores como o Sr. Vladmir Putin, que está presidente da Federação Russa há mais de DUAS décadas.

O recado, a mensagem, a treta, a curtida, o like, a cutucada do Exército Brasileiro foi bem clara: "Não Passarão".

PONTO FINAL.





200 Mísseis Anti-carro para Roraima! EB compra o ATGM MSS 1.2 AC da SIATT, segundo Alexandre Garcia!

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Aviônica de Míssil Mar-Terra: TLAM BR a caminho? TLAM quer dizer Tomahawk Land Attack Missile! BR?

Leopard 1A5 BR: Tiro Real no Estande de Saicã (RS)- tiro individual/coletivo, estático/em movimento!

Blindados Guarani 6x6 para xportação fotografados no Porto de Santos (SP)

 O Canal Caiafamaster plotou no último dia 20 de dezembro imagens pouco comuns no porto de Santos.

Tratam-se de veículos blindados IDV Guarani 6x6 em condição "green", ou como falamos no meio de blindados, o famoso "mula sem cabeça", o carro sem qualquer integração de sistemas de comunicação, navegação, sensores e sistema de tiro, que serão instalados apenas no País de destino, provavelmente a Malásia, pelo pessoal da Elbit Systems responsável pelo suporte local ao contrato.





Os Guaranis da Malásia

Militares do Exército da Malásia vieram ao Brasil, no final de 2021, ocasião em que puderam conhecer como o 6x6 Guarani é empregado pelo Exército Brasileiro.

Essa visita e avaliação do carro no Brasil foi fundamental para que a Malásia escolhesse o produto fabricado em Sete Lagoas.


A Malásia teria adquirido um total de 28 veículos 6x6 Guarani, e espera receber todos eles até meados de 2025.

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

IACIT e Marinha firmam contrato para fornecimento de dados do Radar Além do Horizonte

  • Acordo representa um avanço estratégico para a proteção e defesa da Amazônia Azul; Radar OTH 0100 desenvolvido pela IACIT opera no sul do Brasil

 A IACIT e a Marinha do Brasil assinaram, no último dia 12, um contrato para fornecimento de dados do Radar Além do Horizonte - OTH 0100, instalado no sítio do Farol do Albardão, no Rio Grande do Sul. 

O acordo, celebrado na sede da Diretoria-Geral do Material da Marinha (DGMM), no Rio de Janeiro,  representa um avanço tecnológico estratégico para a proteção e defesa da Amazônia Azul.



O contrato foi assinado pelo Vice-Almirante (EN) Celso Mizutani Koga, Diretor de Gestão de Programas da Marinha (DGePM), e pelo presidente da IACIT, Luiz Teixeira

A cerimônia contou com a presença do Almirante de Esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Diretor-Geral do Material de Marinha (DGMM), do Capitão de Mar e Guerra (EN) Josmar Carreiro Freitas, Assessor Técnico de Compensação Tecnológica e Industrial, e do Vice-Almirante Paulo José Rodrigues de Carvalho.

Desenvolvido pela IACIT, o radar OTH 0100 é um sistema avançado de vigilância marítima que tem como principal característica a capacidade de monitorar grandes extensões oceânicas, alcançando até 200 milhas náuticas (aproximadamente 370 km) mar adentro.



Além de ameaças à soberania do País, o radar contribui no combate a atividades ilegais como tráfico de pessoas, narcotráfico, contrabando, pesca predatória e extração clandestina de recursos naturais, entre outras atividades ilegais.

Os dados coletados pelo sistema OTH passam por complexas redes de processamento, que, por meio de algoritmos e inteligência artificial, conseguem indicar o comportamento do alvo monitorado, fornecendo uma consistente análise do grau de ameaça aos tomadores de decisão.



Evolução tecnológica

O acordo firmado entre a IACIT e a Marinha do Brasil marca anos de esforços dedicados ao desenvolvimento de tecnologia de ponta para a vigilância das águas brasileiras. Esse empenho contínuo teve início com a Plataforma HF para radares, em 2012, com apoio da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que subsidiou metade do desenvolvimento do projeto.

Nessa ocasião, com sua equipe sempre dedicada à pesquisa e inovação tecnológica, a IACIT vislumbrou uma base sólida para a criação de radares além do horizonte. Assim, dois anos depois, implementou o RADH 0200 para monitoramento meteorológico da superfície marítima.

Em 2015, foi iniciada a obra de infraestrutura e a instalação do OTH 010, radar Surface Wave em HF para vigilância marítima, que teve sua validação concluída em março de 2018. Parcerias estratégicas fundamentais, como a colaboração da Marinha ao disponibilizar o sítio de Albardão e a contribuição tecnológica da Elta Systems, aceleraram de maneira decisiva o sucesso do projeto.

Continuando a linha de evolução, a IACIT iniciou em julho de 2023 o desenvolvimento do Processador para o Radar Skywave, também com apoio da Finep.



Cooperação e Parceria

"Hoje passamos oficialmente a contribuir com a vigilância de nossas águas territoriais através da Marinha do Brasil. Temos confiança que atingiremos a meta de trazer para o Brasil a autonomia tecnológica neste segmento de radares. Nós temos pessoas e temos tecnologias para, com apoio das nossas Forças e dos incentivos para PD&I, ter um país com capacidade para proteger sua soberania", disse o presidente da IACIT, Luiz Teixeira.

O Almirante de Esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa destacou a importância estratégica do fornecimento nacional e de uma Base Industrial de Defesa fortalecida. "A cooperação entre a indústria nacional, como a IACIT, e a Marinha é vital para alcançarmos a autonomia e a soberania tecnológica. Estamos comprometidos em fortalecer parcerias que impulsionam o desenvolvimento de tecnologia nacional e nos permitam proteger de forma mais eficiente nossas águas territoriais".

Este compromisso reforça não apenas a excelência tecnológica brasileira, mas também a relevância da nacionalização de tecnologias para garantir a independência e segurança do Brasil.




Exército Saudita atualiza seus Astros MK2 com novo sistema de navegação

Astros MK2 e HIMARS atiram juntos na Arábia Saudita durante grande exercício de artilharia.


Foi encerrado com sucesso o grande exercício militar de artilharia “Northern Fires” na região norte do território da Arábia Saudita, realizado com o objetivo de trocar experiências e aumentar a eficiência do treino conjunto entre as forças sauditas, equipadas com o sistema brasileiro Astros MK2, fabricado pela Avibras Aeroespacial e Defesa, e tropas expedicionárias norte-americanas da Task Force Spartan (Camp Arifjan, Kuwait) armadas com o sistema HIMARS.





Ao final das manobras do exercício, foram realizadas diversas missões de combate com disparo de munição real.

Os lançamentos reais foram acompanhados pelo Comandante da Região Norte, Major General Khaled Al-Juhani, e pelo Comandante-em-Chefe da Task Force Spartan, Major General Michael Lenny.








quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Foguetes nacionais serão produzidos por meio de editais: contrato de R$ 189 milhões


  • Empresas brasileiras são selecionados para fabricar Veículos Lançadores de Pequeno Porte, que possibilitem o lançamento de nano e microssatélites em órbita baixa

 

Dois grupos de empresas brasileiras foram selecionados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), para desenvolver Veículos Lançadores de Pequeno Porte (VLPP), que possibilitem o lançamento de nano e microssatélites em órbita baixa. O objetivo do edital da Finep, em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), é desenvolver foguetes, com uma capacidade de até 30 kg de carga útil.

 

Essa iniciativa tem o objetivo de trazer o apoio da iniciativa privada para o cumprimento de um marco de fundamental importância para o programa espacial brasileiro: ter um veículo lançador brasileiro capaz de, a partir de um centro de lançamento brasileiro, colocar em órbita um satélite também brasileiro.



 

O contrato de R$ 189 milhões tem um prazo estimado de 36 meses e sua assinatura foi anunciada nesta quarta-feira, 13 de dezembro, em parceria com Agência Espacial Brasileira (AEB). O Termo de Outorga de Subvenção Econômica tem apoio financeiro da Finep e do MCTI, e utiliza recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) destinados para o Programa Espacial Brasileiro.

 

Um dos grupos selecionados é formado pelas empresas CENIC, Concert Technologies, PlasmaHub, ETSYS e Delsis. “Esta é uma oportunidade única para a iniciativa privada e a indústria aeroespacial nacional agregar valor ao Programa Espacial Brasileiro”, destaca Ralph Correa, sócio-diretor da CENIC.

 

De acordo com o especialista, para que o Brasil tenha autonomia e projeção internacional na área aeroespacial, ele precisa dominar a fabricação de satélites e foguetes, além de ter um Centro de Lançamento, conforme previa a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB). “No Brasil, já temos o Centro de Lançamento de Alcântara e a Barreira do Inferno. Também o desenvolvimento de satélites pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e outras instituições e empresas que dominam essa técnica. Entretanto, veículos nacionais capazes de lançar tais satélites, nós ainda não temos. Essa é uma oportunidade ímpar, que pode proporcionar um impacto fortemente positivo na nossa economia”, destaca.

 


O setor aeroespacial é uma peça-chave para o desenvolvimento de qualquer país e, no Brasil, tem um papel ainda mais estratégico, uma vez que o setor aéreo já possui uma relevância internacional e o setor espacial tem potencial para decolar junto. Estima-se que, a cada R$ 1 investido, o setor espacial retorne entre R$ 10 e R$ 20 para a economia do país, seja na forma de salários, de impostos, de faturamento, ou de crescimento de valor agregado das empresas. Analistas da Morgan Stanley estimam que o mercado atual da indústria espacial saltará dos atuais US$ 350 bilhões para mais de US$ 1 trilhão em 2040, por meio das iniciativas de New Space, envolvendo centenas de empresas de todos os portes, que estão reduzindo drasticamente o custo de satélites e de seus lançamentos.

 

“Não é qualquer país que possui a capacidade de colocar satélites em órbita. O Brasil está numa posição privilegiada e isso tem um poder enorme de atração de novos investimentos e tecnologias. A oportunidade está aí e pode nos trazer benefícios em escala”, avalia Ângelo Fares, presidente da Concert Technologies.

 

Para Ralph Correa, da CENIC, outro grande benefício do investimento no setor aeroespacial é a criação de um ambiente de negócios propício para empresas que trabalham com tecnologia, com desdobramentos na criação de spin-offs, no desenvolvimento de novos produtos e na formação de mão-de-obra qualificada. Isso, sem contar os grandes avanços proporcionados no entendimento das mudanças climáticas e do meio ambiente, entre outros. “Ter autonomia no lançamento de satélites significa oferecer avanços na área da saúde, da indústria, da energia, da agricultura e em diversos outros setores. Praticamente todas as empresas, atualmente, utilizam de recursos provenientes de satélite, como, por exemplo, sinal de GPS e internet”, destaca. 


 

"Esse é um marco importante no Programa Espacial Brasileiro, em que iremos promover a autonomia do país, principalmente na tecnologia e acesso ao espaço, permitindo que, no futuro, o Brasil integre o seleto grupo de nações que tem acesso ao espaço, e também, obviamente é um fortalecimento da nossa indústria nacional para o desenvolvimento dos sistemas espaciais de que a nação tanto necessita", ressalta o Diretor de Gestão de Portfólio da AEB, Rodrigo Leonardi. "Daqui dez anos, eu quero que o Brasil seja detentor da tecnologia de veículos lançadores e que, de forma regular e contínua, nós lançemos do território nacional, com um veículo lançador nacional, os nossos próprios satélites", conclui.

 

 

Conheça as empresas que formam um dos grupos selecionados para construção do foguete:

 

  1. Cenic: Coordenação do projeto, engenharia de sistemas e desenvolvimento da estrutura primária completa do veículo;

 

  1. Concert Technologies: Sistema de controle - sistema inercial de navegação / computador de missão / eletrônica de controle;

 

  1. PlasmaHub: Banco de controle de lançamento / eng. aeroespacial / projetos / montagem de módulos / integração de redes elétricas;

 

  1. Delsis: rede elétrica de telemetria / aquisição e processamento de dados do banco de controle;

 

  1. ETSYS: rede elétrica de serviço-suprimento de energia / atuação dos pirotécnicos / rede elétrica de segurança.

 

 

Características do foguete:

Capacidade total em órbita baixa: até 30 kg

Diâmetro: 1 m

Altura: 12 m

Massa de decolagem: 9,9 t

 

Sobre a AEB

A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira. Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.



quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Akaer Montenegro MK1 - Veículo lançador de pequeno porte para lançamento de nano e microssatélites!

Gohobby faz evento de lançamento do primeiro "carro voador" no Brasil

 

Encontro aconteceu na Arena XP, em São Paulo, na última terça-feira (12) e contou com a presença do primeiro astronauta brasileiro, o Senador Marcos Pontes (PL-SP)

Com quase 13 anos de mercado, a Gohobby é a principal empresa na distribuição de drones no Brasil e América Latina. 



A companhia trouxe para o Brasil o primeiro eVTOL, popularmente conhecido como “carro voador”, da fabricante chinesa EHang. O modelo 216-S esteve exposto para o público presente na terça-feira (12) na Arena XP, em São Paulo, em um evento dedicado a investidores, organizações dos setores de logística, transporte, saúde, agribusiness, pilotos e empresas que desejam adquirir o equipamento que vão transformar a mobilidade urbana no Brasil e no mundo. 

"O eVTOL revolucionará o mercado de transporte aéreo de passageiros e carga no Brasil, e a Gohobby está entusiasmada em fazer parte deste marco histórico. Desde o primeiro voo que fiz no final de 2010 com um drone, sabia que era questão de tempo até ter a oportunidade de voar com segurança dentro de um deles. O design de um eVTOL é muito semelhante ao dos drones, mas com uma redundância ainda maior nos sistemas críticos de voo e com sistemas e recursos integrados de segurança, herdados da aviação convencional, para garantir a segurança operacional", diz Adriano Buzaid, CEO da Gohobby"



Na ocasião, também esteve presente o primeiro astronauta brasileiro,  Senador Marcos Pontes (PL-SP), que definiu a chegada do eVTOL EHang 216-S como um marco histórico. “Assim, para resolver problemas, você precisa de coisas práticas, você precisa de tecnologia, você precisa de conhecimento. Não adianta só falar, a gente precisa ter as soluções muito menos narrativas, precisamos ter fatos, e nós temos aqui na nossa frente algo real, que eu espero que seja rapidamente certificado aqui no Brasil pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e que muito em breve esteja voando aqui nos céus de São Paulo e das outras cidades do país”, disse o astronauta para os presentes

O Senador também pontuou que com a tecnologia é possível solucionar todos os problemas do Brasil e que, para isso, é preciso do  apoio das pessoas promovendo uma mudança cultural, necessária em meio à tecnologias disruptivas. “Parabéns a Gohobby, parabéns a EHang, parabéns a todos engenheiros que participaram para desenvolver essa aeronave. Hoje vejo como um dia histórico no nosso país e que muito em breve a gente tenha essas aeronaves voando por aí e em nossas casas também”, completa Pontes


eVTOL 216-S

O equipamento da EHang transporta até duas pessoas e bagagem de mão, com uma carga útil total de 220 kg em um alcance de 30 km. Opera com 12 baterias independentes e 16 motores.

O piloto não voa dentro da aeronave, já que o eVTOL é pilotado remotamente e automaticamente, por meio do sistema inteligente de comando e controle da EHang, que permite ao piloto planejar, comandar, validar, executar, monitorar e assumir o controle do voo, em tempo real, a partir do solo. O EHang 216-S tem uma velocidade máxima de 130km/h. Graças ao design inteligente e à propulsão elétrica do EH216-S, seus custos operacionais são extremamente baixos, permitindo oferecer viagens aéreas de curta distância a preços competitivos em relação aos meios de transporte existentes.

Sobre a Gohobby:

Atuando no mercado brasileiro desde 2010, a Gohobby é a maior importadora e distribuidora de drones do Brasil e da América Latina. A empresa é uma figura proeminente no mercado brasileiro de drones (VANTs - Veículos Aéreos Não Tripulados), especializando-se na importação e distribuição de aeronaves, oferecendo soluções inovadoras para uma ampla variedade de setores e necessidades, como empresas, agronegócio, indústria, transporte de passageiros e outros. A empresa vem crescendo em média 100% ao ano desde sua fundação e pretende atingir R$500 milhões em receita anual até 2026.

Em 2011, a empresa se consolidou como a primeira importadora de drones no Brasil.



Akaer vence seleção da FINEP para desenvolver novo lançador de satélites: apenas 13 países dominam essa tecnologia.

A Akaer venceu seleção pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para o desenvolvimento de um veículo lançador de pequeno porte capaz de levar nano e microssatélites ao espaço.

O edital prevê um investimento de R$ 185 milhões no projeto, por meio da FINEP (empresa pública de fomento ligada ao governo federal), nos próximos três anos – trata-se de um dos maiores contratos de subvenção econômica à inovação já celebrados no país.



A construção do veículo lançador representa um enorme salto para o Brasil, assegurando maior autonomia de acesso ao espaço. Atualmente, apenas 13 países dominam essa tecnologia.

“Liderar um projeto de tamanha importância para o futuro do país é uma grande honra para a Akaer, que tem a inovação em seu DNA”, disse o CEO da empresa, Cesar Silva.

O contrato FOI anunciado nesta quarta-feira (13) durante solenidade em Brasília, com as presenças da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, do presidente da FINEP, Celso Pansera, e do presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira), Marco Antonio Chamon, entre outras autoridades.



Histórico

Com sede em São José dos Campos (SP), a Akaer tem uma sólida trajetória de 31 anos dedicados ao desenvolvimento de tecnologias de ponta para os setores Aeroespacial e de Defesa, estabelecendo negócios em mais de 20 países.

A empresa tem um longo histórico de cooperação com o Programa Espacial Brasileiro.

Participou de todos os projetos de satélites da família CBERS (em parceria com a China), do AMAZONIA 1 e liderou a transferência de tecnologia do SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas), produzido pela Thales Alenia Space (França) para o governo do Brasil.

Recentemente, a Akaer atuou no projeto do VCUB1, primeiro nanossatélite de alto desempenho 100% brasileiro, em parceria com a empresa Visiona.

Seu histórico de atuação inclui, ainda, a produção de componentes para o AQUA, liderado pela NASA.

O novo veículo lançador

A seleção pública do MCTI avaliou, entre outros pontos, o grau de inovação de cada proposta apresentada e seu impacto de médio e longo prazos (incluindo o potencial de geração de empregos e a capacidade de internacionalização). Foram analisadas, também, a experiência e a capacidade técnica e operacional das concorrentes.

A previsão é que o protótipo do futuro veículo tenha capacidade para transportar, no mínimo, cinco quilos de carga-útil na órbita equatorial, com a realização das operações de lançamento a partir do território brasileiro.



“Os nanossatélites e microssatélites movimentaram US$ 2,8 bilhões em 2022, e é esperado que esse mercado alcance US$ 6,7 bilhões até 2027. Além dos ganhos científicos e das possíveis aplicações em diversas áreas, o projeto apoiado pela FINEP insere o Brasil em um mercado muito promissor”, afirmou o CEO Cesar Silva.

A proposta da Akaer tem como co-executoras as empresas Acrux, Breng Engenharia e EMSYST.

O projeto será custeado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), sob acompanhamento da FINEP e da AEB.




terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Navios Patrulha Fluviais da Marinha completam 50 anos. Hora de serem substituídos por novos meios?

 

Marinha do Brasil recebe homenagens pelo Dia do Marinheiro e comemora (?) os 50 anos dos navios Pedro Teixeira e Raposo Tavares


A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), realizou, nesta segunda-feira (11), cerimônia em homenagem ao Dia do Marinheiro e aos 50 anos de incorporação na Flotilha do Amazonas dos Navios-Patrulhas Fluviais Pedro Teixeira e Raposo Tavares, comemorados em 13 de dezembro, Dia do Marinheiro.

A homenagem à Marinha ocorre por sua função de defesa da Amazônia, pela contribuição para o desenvolvimento sócio econômico da cultura da navegação e por sua forte atuação social.

O vice-almirante Thadeu Marcos Orosco Coelho Lobo, comandante do 9º Distrito Naval, representando a Marinha do Brasil, explanou por meio da retrospectiva histórica o surgimento da Marinha, chegando até atuação da Força Armada na Amazônia hoje, falando sobre a atuação na Pandemia de Covid-19, na estiagem histórica de 2023, e de quanto esses serviços são realizados com dedicação e afinco pela tripulação dos navios homenageados.

“É com muita honra que os marinheiros atendem ao chamado da Casa Legislativa, trazemos o ribeirinho para perto da Marinha, incluímos o ribeirinho sem recurso na atividade socioeconômica da navegação, e nos momentos de calamidade como a pandemia e a estiagem, mais uma vez a Marinha se fez presente quando o povo acenou com as necessidades. O ribeirinho quando necessitado, acena com um pano branco nos beiradões e a Marinha sempre irá ao seu auxílio”, declara o vice-almirante Lobo.



O chefe da Casa Militar do Executivo, coronel Fabiano Bó, que representou o governador Wilson Lima na solenidade, endossou as palavras do vice-almirante. “Eu vi em várias ocasiões a alegria do povo ribeirinho ao ver um navio da Marinha, porque sua função ultrapassa defesa e a soberania. A Marinha tem uma grande função social, porque leva esperança a muitos ribeirinhos, tanto que os navios são conhecidos por Leões dos Rios por sua força na ajuda ao nosso povo”, afirmou o Coronel.

Estavam presentes, ainda autoridades parlamentares, civis e militares da Marinha, Força Aérea e Exército Brasileiro.

Comemorar o que?

O Dia do Marinheiro não deveria servir apenas a realização de cerimônias cívicas no Amazonas, mas deveria também  ser o momento perfeito para discutir, pressionar quem de direito e propagar pelo Brasil inteiro a verdade incontestável, não podemos continuar dependendo de navios com 50, 60, 70 e mesmo 80 anos de idade, para defender de maneira eficaz a Amazônia Legal brasileira.

A Flotilha do Amazonas precisa de novos meios, urgente!


O valor desses navios homenageados é inegável, mas é necessário muito mais hoje, é preciso lançar um programa de construção naval dedicado a produzir, no Brasil, uma nova frota de navios patrulha fluviais modernos, de projeto atual, equipados com sensores e sistemas que os possibilitem operar de dia ou a noite, que possam recolher e lançar drones de variados tipos e capacidades (de emprego militar), operando ao mesmo tempo pelo menos um helicóptero tripulado em paralelo.

Esses navios deverão ser capazes de transportar e lançar/recolher lanchas interceptadoras de alta velocidade, próprias para serem usadas pelos Fuzileiros Navais embarcados (pelo menos um Grupo de Combate completo) ou por operadores de forças especiais como os Mergulhadores de Combate (GRUMEC) e Comandos Anfíbios (COMANF).

Os novos barcos deverão apresentar um projeto de baixa assinatura termal, sonora e radar, oferecer comodidades como ar-condicionado para toda a tripulação, e possuírem espaços a bordo para serem ocupados por pessoal de saúde e seus equipamentos, em caso de necessidade.

Os novos NaPaFlu deverão receber armamentos modernos na forma de estações remotamente controladas dotadas com metralhadoras pesadas, canhões de fogo rápido e mísseis, acoplados a sensores optrônicos diuturnos de alta definição de imagens.

Como opcional de baixo custo, o sistema de comunicações satelital militar padrão, empregado pelos navios, poderá ser apoiado por conexão "StarLink" de uso civil, voltado para o entretenimento da tripulação e mantendo aberta a comunicação com os diferentes portos e pontos de controle ao longo das rotas fluviais amazônicas.

A Emgepron, Empresa Gerenciadora de Projetos Navais, provavelmente será a responsável por conduzir esse programa, que poderá muito bem contar com parceiros internacionais como a COTECMAR, da Colômbia, que exibiu suas capacidades na construção desses tipos de navios durante a Feira Exponaval, realizada em Bogotá na última semana.