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Embraer fecha acordo com a Marinha do Brasil para desenvolver drones aeronavais CAT 3, CAT 4 e CAT 5.

A Embraer e a Marinha do Brasil assinaram acordos de parceria e cooperação mútua em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em dezembro de 2022 e abril de 2024, visando o desenvolvimento de radares de busca de superfície embarcados e de vigilância costeira, com o aprimoramento do Radar Gaivota X, e o apoio mútuo em pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de tecnologia em geral, visando fortalecer a Base Industrial de Defesa Nacional e a transição da pesquisa para a indústria.
Embora a Marinha do Brasil já utilize e teste diferentes tipos de drones (incluindo veículos submarinos autônomos e drones kamikaze desenvolvidos pelo Corpo de Fuzileiros Navais) e a Embraer tenha um memorando de entendimento com a Força Aérea Brasileira (FAB) para estudar e desenvolver um veículo aéreo não tripulado avançado, os acordos específicos entre Embraer e Marinha visavam até então principalmente a tecnologia de radares, mas isso mudou na direção dos drones e está em um crescendo impressionante.
A ideia de uma "Embraer Naval", que poderia centralizar projetos navais de grande porte, incluindo possivelmente sistemas não tripulados mais avançados, tomou corpo dentro do setor de defesa brasileiro, e um acordo foi formalizado para o desenvolvimento de uma linha específica de drones navais pela Embraer em parceria com a Marinha do Brasil. 
Nesse acordo podem aparecer desde versões navais do e-VTOL em desenvolvimento pela EVE, para emprego pela Aviação Naval, como diferentes categorias de drones de missão, com ou sem capacidades de combate.
Esses novos drones teriam a flexibilidade para trocar configurações entre o pouso e decolagem vertical ou pouso e decolagem convencional, cada configuração conferindo vantagens ideais para os perfis de missão embarcadas, ou operações sobre terra, ou um mix de ambos.

Nos estudos da Embraer com a Marinha existe a proposta de se adotar uma aeronave A-29 Super Tucano navalizada e especialmente reforçada para operar sobre o mar por longos períodos, capaz de executar missões de esclarecimento e patrulha marítima all weather, busca e salvamento, ataque de superfície, contenção anti-drone, designação de alvos além do horizonte, treinamento e formação de pilotos navais de asas fixas, apoio aéreo aproximado para os Fuzileiros, e muito mais.
O e-VTOL EVE poderá ser adotado para tarefas de ligação entre terra e mar, transporte de pequenas cargas, operações especiais com infiltração e exfiltração de frações de forças especiais, e tarefas de defesa da Esquadra.
Em um futuro navio multifunção porta-drones de combate eletrificado, o e-VTOL seria o componente tripulado que executaria missões do tipo ISR, transferência de carga ou pessoal entre navios, MEDEVAC/CASEVAC, etc.


Para drones CAT 3, CAT 4 e CAT 4/5, estão em avaliação dois tipos de configurações para o novo drone naval da Embraer a ser operado pela Marinha do Brasil, uma de decolagem e pouso vertical, com voo de cruzeiro convencional mais lento, e outra de decolagem e pouso convencional, com maior velocidade e autonomia geral em todas as fases no ar.



O SARP-E CAT 4 poderá voar a 120 KT´s de velocidade e até 25 mil pés de altitude, apresentando os pods para os motores de decolagem e pouso vertical atachados nas asas, ou na configuração CTOL serão capazes de usar um payload de até 320 kg, com capacidade de operar além do horizonte e permanecer on station por seis horas. 

Esses drones poderão usar SATCOM ou RF LOS para as comunicações, e serão capazes de cumprir missões de patrulha naval, busca e salvamento, inteligência, vigilância e reconhecimento e muitas outras, usando sensores eletro-ópticos, infravermelho de visada frontal, radares de abertura sintética, indicadores de alvos móveis na superfície/solo e sistema indicador de distâncias e tracking de alvos a laser.



Comentários

  1. Anônimo5:29 PM

    Caiafa, o que houve com yt? Tu não tem como voltar para a plataforma? Tu está fazendo live em algum lugar. Po cara, tu faz falta na cena do jornalismo militar. Volta Caiafa. Um abraço do Rio Grande do Sul

    ResponderExcluir
  2. Anônimo10:35 AM

    NAURU 3000? legal
    E-Vtol militar da EVE só faz sentido se for híbrido( com microturbogerador igual o da turbomachine) TG 200 está proximo de ficar disponível.

    ResponderExcluir

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