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NOTIMP: 281/2011 de 08/10/2011

FAB em processo de renovação
Completando 70 anos de fundação, a Força Aérea Brasileira vem trocando toda sua frota operacional
Glynner Brandão

Conheça um pouco mais da missão Força Aérea Brasileira

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Avião P-3AM é a "menina dos olhos" da FAB, por contar com os mais modernos sensores e sistemas do mundo. Imagem: NANDO CHIAPPETTA/DP/D. A PRESS

Até 2015, toda a frota operacional de helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB) vai ser substituída. Em quatro anos, a meta é adquirir 50 aeronaves EC 725. Seis novos H-60 Black Hawk, que ficaram conhecidos após a aparição no filme Falcão Negro, passarão a integrar a frota do Brasil em 2012. A aviação de patrulha também será reforçada. A segunda aeronave P-3AM, considerada o “estado da arte” pela FAB, deve chegar ao país ainda em outubro. As novas unidades darão mais segurança ao espaço aéreo do Brasil. Até o fim do mês, a Aeronáutica comemora os seus 70 anos de fundação. A FAB foi criada em 1941, por decreto do então presidente Getúlio Vargas.
As novas aeronaves de asas rotativas serão custeadas pelo governo federal e aposentarão helicópteros como os H1H, usados na Guerra do Vietnã. Hoje, a Aeronáutica conta com 46 helicópteros de cinco categorias. Com o reforço, a intenção é que cada uma das três forças armadas do país receba 16 helicópteros EC 725. Um exemplar já é operado em Belém do Pará. Rio de Janeiro e Campo Grande (MS) também ganharão aeronaves de asas rotativas deste tipo usadas em resgates.
Em 2009, os Black Hawk ajudaram no resgate das vítimas do voo 447, da Air France. O avião caiu sobre o Atlântico quando seguia do Rio de Janeiro para Paris. Os novos H-60 vão ser entregues a Santa Maria (RJ), que receberá quatro, e Manaus, que passará a contar com oito Black Hawk. “Diria que a disponibilidade de helicópteros está adequada. O país estará mais bem preparado com essa renovação”, contou o coronel Ramiro Kirsch, comandante do 1º Esquadrão do 11º Grupo de Aviação (1º/11ºGAV), em Natal. Até dezembro de 2013, Porto Velho (RO) deve receber seis AH-2 Sabre, estendendo para 12 a sua frota. Hoje, a cidade conta com seis unidades.
Na aviação de patrulha, o avião P-3AM é a “menina dos olhos” da FAB. A sua carcaça é da década de 1960, mas, por dentro, a aeronave conta com os mais modernos sensores e sistemas do mundo. O único exemplar do país está no 1º Esquadrão do 7º Grupo de Aviação (1º/7º GAV), em Salvador. O país comprou 12 unidades.
A aeronave impressiona pelo potencial. Seus radares conseguem captar alvos distantes até 240 milhas, ou cerca de 400 quilômetros. Um item chamado de sonoboia, lançado ao mar, é capaz de registrar a presença de submarinos no oceano utilizando microfones. Os ruídos são analisados por profissionais que monitoram as alterações através de sensores acústicos. Os P-3AM têm autonomia de voo de até 16 horas ininterruptas e capacidade para viajar com até 30 mil litros de combustível.
“Ele está recheado com equipamentos eletrônicos de última geração, como itens de escuta, antissubmarino, guerra eletrônica e comunicação”, acrescentou o major-brigadeiro do ar Luis Antonio Pinto Machado, comandante do 2º Comando Aéreo Regional. Na prática, esse avião dá de volta ao país a capacidade de detectar, localizar, identificar e afundar submarinos, o que no jargão militar recebe o nome de guerra antissubmarina. Para que todo esse sistema seja operado com êxito, o P-3AM exige o trabalho de 12 profissionais em conjunto. Os operadores do avião são treinados em uma sala restrita, em Salvador, com acesso por impressão digital.
 

Frota de destaque 

 Simulação de vôo do caça A-29
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Curso realizado em Natal forma os pilotos de caça. Imagem: FÁBIO CORTEZ/DN/D.A PRESS

Os militares que concluem a AFA, mas desejam se tornar pilotos de caças, estudam por 11 meses no 2º Esquadrão do 5º Grupo de Aviação (2º/5º GAV), em Natal. Lá está a maior unidade de caça de todo o Hemisfério Sul. Opera com 23 aviões A-29 Super Tucano e conta com cerca de 800 foguetes. No curso, simuladores ajudam os militares a aprimorar técnicas de condução de aeronaves deste tipo.
Esses equipamentos representam economia para a instrução. Basta ligar na tomada e a máquina é capaz de dar uma noção quase perfeita de um A-29 em voo. “É como se fosse um videogame. Quando o aluno segue para o primeiro voo prático, já simulou bastante no chão”, resumiu o Tenente-Coronel Carlos Duek, comandante do 2º/5º GAV. O 2º Esquadrão já formou cerca de 700 pilotos de caça desde a sua fundação.
O militar participa de 24 missões no simulador, ou 25 horas de voo, e faz 75 voos avaliados. O tenente Felipe Flamínio é instrutor do 2º/5º GAV. “O A-29 tem sistemas modernos e performance ótima. Exige muito estudo. Depois que você aprende, ele se torna muito eficaz. O simulador nos dá uma noção quase perfeita do voo”, falou. No curso, o aspirante a oficial passa por avaliações periódicas. Sua conduta é individualizada, ou seja, méritos e deméritos, salvo exceções, são de responsabilidade do futuro piloto, sem compartilhamentos. O projeto do A-29, com unidades já exportadas para Chile, Colômbia e Equador, é nacional. Essas aeronaves usam o Sistema Hotas, que dá possibilidade ao piloto de executar várias funções acionando manche e manete. Um painel Glass Cockpit aumenta o potencial de operação das aeronaves modelo A-29. 

Alta tecnologia


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Investimentos para seguir
aumento do tráfego aéreo.
Imagem: JULIO JACOBINA/DP/D.A PRESS

O 3º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta III), que cobre o Nordeste, estima um crescimento de 30% na circulação de aeronaves entre os meses de janeiro e março do próximo ano. O sistema operacional Sagitário é a aposta do Cindacta para minimizar os impactos da crescente demanda. O software já funciona há seis meses e aumenta a capacidade de processamento de informações, o que facilita o trabalho dos controladores de voo. No primeiro trimestre de 2011, o tráfego cresceu 27% em relação ao mesmo período de 2010.
A ferramenta processa dados de radares e satélites e conta com sistemas de alerta para situações de risco, como conflitos de rota. É capaz de gerar imagens em tempo real e permite a abertura de várias janelas de visualização. O controle dos operadores é feito por monitores touchscreen, sensíveis ao toque. Os diálogos entre controladores e pilotos, antes realizados com a ajuda de sistemas de rádio, agora são feitos via mensagens escritas em computadores de bordo. Isso evita interferências.
“O novo sistema é a comprovação da nossa autosuficiência tecnológica”, comentou o major-brigadeiro do ar Luis Pinto Machado, comandante do 2º Comando Aéreo Regional (II Comar), com abrangência no Nordeste. Segundo ele, a ferramenta foi testada com sucesso durante os Jogos Mundiais Militares deste ano, no Rio de Janeiro. A meta é adotar a tecnologia durante a Copa do Mundo. “Ela trouxe avanços na capacidade de gerenciamento. Dá informações trabalhadas aos controladores”, explicou o coronel João Batista Xavier, comandante do Cindacta III. 

Entrevista >> Major-brigadeiro do ar Luis Antonio Pinto Machado

“O Brasil quebrou um paradigma”
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Imagem: NANDO CHIAPPETTA/DP/D. A PRESS
O céu brasileiro está realmente protegido?
Nós temos um sistema de controle do espaço aéreo que é tido como modelo em todo o mundo. O Brasil quebrou um paradigma. Usualmente, os sistemas de controle são divididos em civil e militar. O nosso país conseguiu unificar os dois. O 3º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 3) toma conta do espaço aéreo do Nordeste. Esse sistema é muito evoluído, tem equipamentos de ponta, como radares de última geração. Existe confiabilidade.
A aeronave P-3AM é o que existe de mais moderno no mundo?
Recentemente, incorporamos essa aeronave. É o mais novo avião da Força Aérea. O P-3AM é dedicado até a ações submarinas. A carcaça dele é igual à do Electra, que ficou famoso por fazer a ponte aérea Rio de Janeiro/São Paulo. Por dentro, ele está recheado com equipamentos eletrônicos de última geração, como itens de escuta, antisubmarino, de guerra eletrônica e comunicação. É uma aeronave capaz de transportar mísseis e também kits para náufragos em missões de busca. O P-3AM tem grande alcance, 16 horas de autonomia, mais de 2 mil quilômetros de raio de ação. Hoje, essa aeronave é modelo para todas as forças aéreas do mundo.
O II Comar é o berço da aviação do país?
O 2º Comando Aéreo Regional (II Comar), o da região Nordeste, tem uma ligação extrema com os 70 anos da Força Aérea, porque o seu batismo de fogo aconteceu aqui. Um D-25 decolou da Base de Recife e bombardeou um submarino italiano que espreitava os nossos comboios. Essa missão foi essencial para a confirmação da FAB.
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 Avião P-3AM é a "menina dos olhos" da FAB, por contar com os mais modernos sensores e sistemas do mundo.
Imagem: NANDO CHIAPPETTA/DP/D. A PRESS
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Imagem: NANDO CHIAPPETTA/DP/D. A PRESS
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Imagem: NANDO CHIAPPETTA/DP/D. A PRESS


Aviões vão dar menos voltas sobre o Rio para diminuir incômodo de moradores

Moradores de bairros como Urca, Botafogo, Flamengo e Santa Teresa, no Rio, vão sofrer menos com o barulho de aviões do Aeroporto Santos Dumont.

A partir do dia 20, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) vai alterar o procedimento de pouso no local. Aeronaves da chamada Rota 2 - que ainda passa por cima de Catete, Glória, Laranjeiras e centro - vão dar menos "voltas" até pousar.
O plano é que o sobrevoo pela cidade dure o menor tempo possível.

Estudo do Instituto Estadual do Ambiente do Rio mostrou que o ruído dos aviões do Santos Dumont chegava a 90 decibéis em alguns bairros - o máximo tolerado é 55.
Veja entrevista com comandante da FAB sobre a Operação Ágata 2
Sara Nanni
No final de setembro deste ano teve início a Operação Ágata 2. No vídeo, o Tenente-Coronel Aviador André Monteiro, Comandante do Esquadrão Flecha, que voa caças A-29 Super Tucano a partir de Campo Grande (MS), explica como são feitas as operações de segurança na fronteira.
Durante a Operação Ágata foram interceptadas 33 aeronaves, das quais 27 estavam em situação regular. As outras seis deixaram o espaço aéreo brasileiro depois da abordagem dos pilotos.
A Força Aérea Brasileira (FAB) mantém caças prontos para interceptar qualquer aeronave em voo irregular na região de fronteira do Brasil com o Uruguai, a Argentina e o Paraguai, 24 horas por dia, todos os dias do ano.
A missão é cumprida por caças A-29 Super Tucano, que durante a operação decolam das cidades de Maringá (PR), Dourados (MS) e Campo Grande (MS), além dos supersônicos F-5EM de Canoas (RS).
Também é utilizado um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) RQ-450, que fica baseado em Santa Rosa (RS), na fronteira do Brasil com a Argentina. Esse VANT ajuda a captar informações à distância - sem a necessidade de o piloto estar dentro da aeronave - que podem ser disponibilizadas e acompanhadas ao vivo enquanto outra aeronave com tripulação estiver voando.
Entenda como funcionam as operações de segurança da FAB em:
www.youtube.com/watch?v=SGsGi9oWGOI
 

Cantor sertanejo Eduardo Costa fica ferido em acidente de avião, em MG
Aeronave teve problemas ao pousar em Manhuaçu, na Zona da Mata. Artista quebrou a mão e sofreu uma luxação no nariz, segundo a assessoria.

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O cantor sertanejo Eduardo Costa ficou ferido em um acidente de avião na tarde desta sexta-feira (7) em Manhuaçu, na Zona da Mata, em Minas Gerais. Segundo informações da assessoria do cantor, a aeronave apresentou uma falha no sistema de freios, saiu da pista e invadiu uma lavoura.
Além do cantor, outras quatro pessoas estavam no avião. Apenas o artista ficou ferido e foi levado para o Hospital César Leite, em Manhuaçu.
De acordo com informações da unidade de saúde, Eduardo Costa sofreu fraturas na mão direita e no nariz e levou pontos na boca. Ele foi medicado e passou por exames de raio-x.
Ainda de acordo com a assessoria de Eduardo Costa, o cantor tem um show marcado para a noite desta sexta-feira (7), em Simonésia, município da Zona da Mata, mas ainda não há confirmação se o evento vai ser mantido. Caso o show seja remarcado, a assessoria vai informar a nova data aos fãs do cantor.
 
Anac seleciona estudos para aeroportos que serão concedidos
Estudos serão encaminhados para apreciação do TCU. Leilão de aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília deve ser este ano.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta-feira (7) o resultado da seleção de estudos preliminares para as concessões dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília. De acordo com a agência, os projetos selecionados foram elaborados pela empresa Estrutura Brasileira de Projetos S.A.
Há cerca de um mês, a Anac abriu um chamamento público para que empresas especializadas pudessem participar enviando seus estudos de como deve ser feitas essas obras. Nove empresas se inscreveram, mas apenas quatro enviaram projetos.

Segundo a Anac, as empresas que saírem vencedoras dos leilões de concessão desses aeroportos – previstos para ocorrer em dezembro – deverão seguir os projetos aprovados (podendo haver adaptações) e serão responsáveis pelo pagamento dos mesmos.
Para os estudos referentes ao aeroporto de Guarulhos, o valor de ressarcimento foi estabelecido em R$ 7.031.910,77 (53,3 % do valor pedido pela empresa). Para o aeroporto de Viracopos, o valor foi de R$ R$ 7.697.166,54 (49% do valor original), e, para o aeroporto de Brasília, R$ 2.536.053,46 (49,7% do investimento inicial).

Os estudos selecionados serão encaminhados ao Tribunal de Contas da União (TCU) para apreciação.
 

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