"Energy-Buran" no Kazaquistão!
Em 02 de junho de 2015, o maior espaçoporto do mundo - o Cosmódromo de Baikonur, no Kazaquistão, completou 60 anos. Ao longo de décadas do Programa Espacial Soviético, em suas instalações, foram testadas e/ou lançadas diversas naves espaciais diferentes, o ápice dessa faina sendo considerado o sistema "Energy-Buran", o ônibus espacial soviético, maior, mais pesado e mais capaz que o sistema americano rival. Mas a história escolheu seu caminho (o fim da URSS em 1991) e o projeto morreu na infância.
As duas naves construídas estão esquecidas dentro de um enorme edifício hangar onde eram realizados todos os trabalhos de montagem, testes, integração de sistemas, montagem do conjunto nave + corpo elevador e propulsores, e onde essa combinação era erguida para a posição vertical, possibilitando seu transporte por trilhos até a plataforma de lançamento, um esquema de engenharia bem semelhante ao adotado pela NASA para manusear seus Space Shutlle.
Este é o maior edifício do cosmódromo de Baikonur, tendo sido projetado pelo Instituto de Engenharia "Prikampromproekt.", hoje redenominado Prikampromproekt Design Company. O comprimento das estruturas é de 132 metros com uma altura máxima de 62 metros. As extremidades formam enormes portas deslizantes, a maior delas com dimensões de 42 por 36 metros, o suficiente para a passagem do conjunto "Energy-Buran" a caminho da plataforma de lançamento. Estruturas de suporte feitas de aço especial deveriam suportar a pressão da onda de choque resultante no caso de uma possível explosão de um veículo de lançamento pesado, na plataforma de lançamento mais próxima.
De cada lado do corpo principal, estavam anexos estruturas de quatro andares, abrigando uma variedade de equipamentos para testes, sistemas de controle da ventilação e de controle da eletricidade. Uma vez que o ambiente de integração de sistemas espaciais não deve conter poeira no ar, este era criado e purificado artificialmente sob alta pressão atmosférica. Todas as portas que levam para fora da habitação, e nos corredores, eram seladas hermeticamente. Sob o teto da construção podiam ser movidos três guindastes pela viga transversal, cada um dos quais com capacidade de elevação de 400 toneladas. Acima dessa estrutura, o teto abrigava um moderno sistema de iluminação incandescente especialmente desenvolvido para aquelas condições de ambiente.
Atualmente, dentro do hangar encontram-se duas naves, uma das quais é o protótipo "Storm", que realizou dois voos não tripulados, e a outra e um mock-up da OK-MT para testar as operações de pré-lançamento. Foi nesse estágio que o programa perdeu suas verbas e foi abandonado. As instalações e seus complexos equipamentos, dispostos em vários níveis de trabalho servidos por pontes montadas em braços telescópicos, além de pontes rolantes com guindastes capazes de elevar centenas de toneladas, tudo foi desligado, lacrado e fechado mais de duas décadas atrás. As pesadas portas desse imenso edifício só foram reabertas recentemente, revelando as duas naves em completo estado de abandono, cobertas por excrementos de pássaros, assim como as instalações enpoeiradas após quase trinta anos de esquecimento.
Confira nesse álbum, o trabalho do repórter fotográfico Ralph Mirebs, do qual reproduzimos o texto, adaptado para o português, e suas incríveis fotos.
Link para a publicação original, em russo: http:// ralphmirebs.livejournal.com /219949.html
As duas naves construídas estão esquecidas dentro de um enorme edifício hangar onde eram realizados todos os trabalhos de montagem, testes, integração de sistemas, montagem do conjunto nave + corpo elevador e propulsores, e onde essa combinação era erguida para a posição vertical, possibilitando seu transporte por trilhos até a plataforma de lançamento, um esquema de engenharia bem semelhante ao adotado pela NASA para manusear seus Space Shutlle.
Este é o maior edifício do cosmódromo de Baikonur, tendo sido projetado pelo Instituto de Engenharia "Prikampromproekt.", hoje redenominado Prikampromproekt Design Company. O comprimento das estruturas é de 132 metros com uma altura máxima de 62 metros. As extremidades formam enormes portas deslizantes, a maior delas com dimensões de 42 por 36 metros, o suficiente para a passagem do conjunto "Energy-Buran" a caminho da plataforma de lançamento. Estruturas de suporte feitas de aço especial deveriam suportar a pressão da onda de choque resultante no caso de uma possível explosão de um veículo de lançamento pesado, na plataforma de lançamento mais próxima.
De cada lado do corpo principal, estavam anexos estruturas de quatro andares, abrigando uma variedade de equipamentos para testes, sistemas de controle da ventilação e de controle da eletricidade. Uma vez que o ambiente de integração de sistemas espaciais não deve conter poeira no ar, este era criado e purificado artificialmente sob alta pressão atmosférica. Todas as portas que levam para fora da habitação, e nos corredores, eram seladas hermeticamente. Sob o teto da construção podiam ser movidos três guindastes pela viga transversal, cada um dos quais com capacidade de elevação de 400 toneladas. Acima dessa estrutura, o teto abrigava um moderno sistema de iluminação incandescente especialmente desenvolvido para aquelas condições de ambiente.
Atualmente, dentro do hangar encontram-se duas naves, uma das quais é o protótipo "Storm", que realizou dois voos não tripulados, e a outra e um mock-up da OK-MT para testar as operações de pré-lançamento. Foi nesse estágio que o programa perdeu suas verbas e foi abandonado. As instalações e seus complexos equipamentos, dispostos em vários níveis de trabalho servidos por pontes montadas em braços telescópicos, além de pontes rolantes com guindastes capazes de elevar centenas de toneladas, tudo foi desligado, lacrado e fechado mais de duas décadas atrás. As pesadas portas desse imenso edifício só foram reabertas recentemente, revelando as duas naves em completo estado de abandono, cobertas por excrementos de pássaros, assim como as instalações enpoeiradas após quase trinta anos de esquecimento.
Confira nesse álbum, o trabalho do repórter fotográfico Ralph Mirebs, do qual reproduzimos o texto, adaptado para o português, e suas incríveis fotos.
Link para a publicação original, em russo: http://
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