· No 3º trimestre de 2017 (3T17), a Embraer entregou 25 aeronaves comerciais e 20 executivas (13 jatos leves e sete grandes);
· A carteira de pedidos firmes (backlog) encerrou o trimestre em US$ 18,8 bilhões, representando crescimento em relação aos US$ 18,5 bilhões reportados no 2T17;
· A Receita líquida foi de R$ 4.144,7 milhões no 3T17, com queda de 16% em comparação ao 3T16, em função do menor número de entregas nos segmentos de Aviação Comercial e Executiva;
· As margens EBIT[1] e EBITDA² ajustadas foram de 5,3% e 10,7%, respectivamente, no 3T17. As margens EBIT e EBITDA ajustadas excluem o impacto negativo não recorrente de R$ 11,4 milhões no 3T17;
· No 3T17, a Embraer apresentou Lucro líquido de R$ 351,0 milhões e Lucro por ação de R$ 0,4773. O Lucro líquido ajustado (excluindo-se os impostos diferidos e itens não recorrentes) no trimestre foi de R$ 237,9 milhões, representando um Lucro por ação ajustado de R$ 0,3235;
· A Embraer reitera todos os aspectos de suas estimativas financeiras e de entregas para 2017;
· A Embraer espera que 2018 seja um ano de transição, com a entrada em operação do primeiro modelo E2, o E190-E2, aliada a um mercado ainda estável nos segmentos de Aviação Executiva e de Defesa & Segurança. Nesse cenário de transição e de aumento de custos com as primeiras entregas do E2, a Companhia estima que em 2018 sua Receita líquida seja de US$ 5,3 a US$ 6,0 bilhões, com 85 a 95 jatos entregues pela Aviação Comercial e 105 a 125 jatos entregues pela Aviação Executiva. A Margem EBIT consolidada deverá ficar entre 5,0% a 6,0% e o Fluxo de caixa livre deverá ser melhor que US$ 150 milhões negativos.
PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS
São Paulo – SP, 27 de outubro de 2017 - (BM&FBOVESPA: EMBR3, NYSE: ERJ) As informações operacionais e financeiras da Empresa, exceto quando de outra forma indicadas, são apresentadas com base em números consolidados de acordo com as normas contábeis IFRS (International Financial Reporting Standards) e em Reais. Os dados financeiros trimestrais são derivados de demonstrações financeiras não auditadas, enquanto aqueles correspondentes aos períodos anuais são auditados, exceto quando de outra forma indicado.
RECEITA LÍQUIDA E MARGEM BRUTA
No 3T17, a Receita líquida teve queda de 16% e ficou em R$ 4.144,7 milhões, comparada aos R$ 4.913,4 milhões do 3T16, o que pode ser explicado pela combinação da queda no número de entregas da Aviação Comercial e da Aviação Executiva, bem como uma diminuição de 14% na receita do segmento de Defesa & Segurança. Nos primeiros nove meses do ano (9M17), a receita líquida da Embraer foi de R$ 13.058,2 milhões representando uma queda de 11% em comparação ao 9M17 o que pode ser explicado principalmente em função da valorização do Real ocorrida no período. No trimestre, a Companhia entregou 25 aeronaves comerciais e 20 executivas (13 jatos leves e sete jatos grandes), comparado a entrega de 29 aeronaves comerciais e 25 jatos executivos (13 jatos leves e 12 jatos grandes) entregues no 3T16. No acumulado de 2017, foram entregues 78 aeronaves comerciais e 59 jatos executivos (40 jatos leves e 19 jatos grandes), comparado a um total de 76 aeronaves comerciais e 74 executivas (48 jatos leves e 26 jatos grandes) entregues no mesmo período de 2016.
A Margem bruta consolidada subiu de 18,8% no 3T16 para 19,0% no 3T17 impactada principalmente pela melhoria no segmento de Aviação Comercial que compensou a queda nos segmentos de Aviação Executiva e de Defesa & Segurança. No 9M17, a Margem bruta consolidada foi de 17,6%, comparada aos 19,8% do 9M16.
RESULTADO OPERACIONAL E MARGEM OPERACIONAL
O Resultado operacional (EBIT) e a Margem operacional no 3T17 foram de R$ 206,9 milhões e 5,0%, respectivamente, e apresentaram crescimento em relação aos R$ (96,4) milhões e os -2,0% reportados no 3T16. Os resultados da Companhia incluem itens não recorrentes nos terceiros trimestres de 2016 e 2017. No 3T17, o EBIT inclui a despesa de R$ 11,4 milhões, referentes aos impostos sobre as remessas executadas para pagamentos no exterior, após a finalização da investigação do FCPA. Nos resultados do 3T16, o EBIT incluiu o impacto negativo da provisão de perda de R$ 402,4 milhões, sendo R$ 384,4 milhões relacionados ao Programa de Demissões Voluntárias (PDV) da Companhia e R$ 18,0 milhões relacionados à investigação da FCPA. Excluindo-se esses itens não recorrentes, no 3T17, o EBIT ajustado foi de R$ 218,3 milhões e a margem EBIT ajustada foi de 5,3% e no 3T16 o EBIT ajustado foi de R$ 306,0 milhões e a margem EBIT ajustada foi de 6,2%. No 9M17, o EBIT e a margem EBIT foram de R$ 841,7 milhões e 6,4%, respectivamente, comparados ao EBIT de R$ (203,7) milhões e à margem EBIT de -1,4% do 9M16. Já o EBIT ajustado foi de R$ 846,0 milhões e a margem EBIT ajustada foi de 6,5% no 9M17, comparados ao EBIT ajustado de R$ 883,6 milhões e à margem EBIT ajustada de 6,0% do 9M16.
As despesas administrativas totalizaram R$ 151,1 milhões no 3T17, representando crescimento em relação aos R$ 107,4 milhões relatados no 3T16. As despesas comerciais caíram de R$ 281,5 milhões no 3T16 para R$ 216,9 milhões no 3T17, como resultado da queda de receita no período aliada às iniciativas de melhoria de eficiência, em andamento na Companhia. É importante mencionar que nesse ano, a feira aeronáutica (Paris Air Show) ocorreu no 2T17, enquanto que no ano passado ocorreu no 3T16, afetando positivamente as despesas comerciais do 3T17, quando comparada ao 3T16. As despesas com Pesquisa subiram de R$ 38,7 milhões no 3T16 para R$ 45,1 milhões do 3T17. Além dos impactos já citados, cabe mencionar que na comparação entre o 3T17 e o 3T16 a Real se valorizou cerca de 3% em relação ao Dólar, o que impactou diretamente os resultados.
A conta Outras receitas (despesas) operacionais líquidas, excluindo-se o efeito negativo dos itens não recorrentes mencionados anteriormente (R$ 11,4 milhões no 3T17 e R$ 402,4 milhões no 3T16), apresentou despesa de R$ 155,1 milhões no 3T17, comparada à despesa de R$ 188,9 milhões no 3T16. Na comparação entre os trimestres, essa queda ocorreu principalmente em função da queda nas provisões relacionadas ao impairment de aeronaves usadas no portfólio da Companhia e à diminuição de impostos sobre remessas, parcialmente compensadas por menores receitas de cancelamento e maiores despesas com TI e projetos corporativos.
RESULTADO LÍQUIDO
No 3T17, a Embraer apresentou Lucro líquido de R$ 351,0 milhões e Lucro por ação de R$ 0,4773. Isso se compara, no 3T16, com o Prejuízo líquido de R$ 111,4 milhões e com o Prejuízo por ação de R$ 0,1526. No 9M17, o Lucro líquido foi de R$ 678,6 milhões e Lucro por ação de R$ 0,9226, enquanto no 9M16 a Companhia apresentou Prejuízo líquido de R$ 62,9 milhões e Prejuízo por ação de R$ 0,0861.
O Lucro líquido ajustado, excluindo Imposto de renda e contribuição social diferidos e também o impacto líquido, após imposto dos itens não recorrentes descritos anteriormente, foi de R$ 237,9 milhões no 3T17, comparado ao Lucro líquido ajustado de R$ 125,2 milhões no 3T16. O Lucro por ação excluindo-se esses mesmos itens foi de R$ 0,3235 no 3T17, comparado ao Lucro por ação de R$ 0,3508 do 3T16. No 9M17, o Lucro líquido ajustado, foi de R$ 707,9 milhões, comparado ao Lucro líquido ajustado de R$ 406,0 milhões no 9M16. O Lucro por ação ajustado foi de R$ 0,9625 no 9M17, comparado ao Lucro por ação ajustado de R$ 0,5565 do 9M16.
ATIVOS E PASSIVOS MONETÁRIOS E ANÁLISE DE LIQUIDEZ
A Companhia encerrou o 3T17 com uma posição de Dívida líquida de R$ 2.289,9 milhões, representando crescimento em relação à Dívida líquida de R$ 2.188,5 milhões ao final do 2T17, principalmente em função do Uso livre de caixa no período. No final do trimestre, a Companhia possuía um Total de financiamentos da ordem de R$ 13.644,2 milhões, que representou uma queda de R$ 290,0 milhões em relação ao final do 2T17.
No 3T17, a Companhia apresentou um Uso livre de caixa ajustado de R$ 102,0 milhões (excluindo-se o impacto no caixa dos itens não recorrentes mencionados anteriormente), comparado ao Uso livre de caixa ajustado de R$ 67,7 milhões no 3T16. Isso se deve em grande parte ao menor Caixa líquido ajustado gerado pelas atividades operacionais (líquido de investimentos financeiros e ajustado pelos impactos não recorrentes no caixa) de R$ 399,1 milhões no 3T17, em comparação aos R$ 759,2 milhões gerados no 3T16. No 9M17, a Companhia apresentou um Uso livre de caixa ajustado de R$ 9,4 milhões, comparado ao Uso livre de caixa ajustado de R$ 2.377,3 milhões no 9M16.
As Adições líquidas ao imobilizado totalizaram R$ 149,2 milhões no 3T17 frente aos R$ 404,8 milhões no 3T16, incluindo pool de peças de reposição, aeronaves disponíveis para leasing ou em leasing, investimentos em CAPEX e rendimento de vendas de imobilizado. Desse total, no 3T17, o CAPEX representou R$ 95,1 milhões. É importante mencionar que nesse montante de CAPEX reportado estão inclusas despesas relacionadas a equipamentos e imobilizado, principalmente de programas do segmento de Defesa & Segurança. Essas despesas são consideradas nos termos e condições dos seus respectivos contratos e, consequentemente, não fazem parte da estimativa de CAPEX da Companhia para 2017, de US$ 200 milhões. Esse CAPEX contratado representou R$ 2,6 milhões no 3T17. Excluindo essas despesas, o CAPEX do 3T17 ficou em R$ 92,5 milhões e no 9M17 ficou em R$ 337,5 milhões, em linha com as estimativas iniciais.
As Adições ao intangível no 3T17 foram de R$ 351,9 milhões e estão relacionadas a todos os investimentos em desenvolvimento de produtos. No trimestre não houve recebimentos relacionados à Contribuição de parceiros, o que representou um investimento líquido em Desenvolvimento de R$ 351,9 milhões e está relacionado principalmente ao desenvolvimento do programa dos E-Jets E2, no segmento de Aviação Comercial, que evoluiu conforme planejado. No 9M17, a Companhia investiu um total líquido de R$ 827,4 milhões e prevê que esses investimentos deverão ficar em linha com sua estimativa anual de US$ 400 milhões.
No 3T17, o endividamento da Empresa caiu R$ 290,0 milhões e totalizou R$ 13.644,2 milhões, comparado aos R$ 13.934,2 milhões do 2T17. A dívida de longo prazo totalizou R$ 12.728,8 milhões, enquanto a dívida de curto prazo foi de R$ 915,4 milhões. A diminuição na dívida de longo prazo está relacionada à variação cambial ocorrida no período. Considerando o perfil atual da dívida, o prazo médio de endividamento caiu de 6,2 anos para 6,1 anos. O custo da dívida em Dólar, ao final do 3T17 era de 5,19% a.a., comparado aos 5,13% a.a. ao final do 2T17. O custo da dívida em Reais caiu de 4,45% a.a., ao final do 2T17, para 3,83% a.a. no 3T17.
A relação do EBITDA nos últimos 12 meses versus as despesas sobre os juros subiu de 3,46 no 2T17 para 3,78 no 3T17. Ao final do 3T17, 17% da dívida total era denominada em Reais, em comparação aos 18% ao final do 2T17.
A estratégia de alocação de caixa da Embraer continua sendo uma das principais ferramentas para a mitigação do risco cambial. Ajustando a alocação do caixa em ativos denominados em Reais ou Dólares norte-americanos, a Companhia busca neutralizar sua exposição cambial sobre as contas do balanço. Ao final do 3T17, o caixa alocado em ativos denominados em Dólar Norte-Americano era de 72%.
Complementando sua estratégia de mitigação dos riscos cambiais, a Companhia aderiu a alguns hedges financeiros para reduzir a exposição do seu fluxo de caixa de 2017. Essa exposição ocorre pelo fato de que aproximadamente 10% da Receita líquida da Companhia é denominada em Reais e aproximadamente 20% dos seus custos totais também são denominados em Reais. Ter os custos denominados em Reais superiores às receitas gera tal exposição. Para 2017, cerca de 45% da exposição em Real está protegida, caso o Dólar se desvalorize abaixo de R$ 3,40. Para taxas de câmbio acima deste nível, a Empresa se beneficiará até um limite médio de R$ 3,76 por Dólar. Para 2018, a Embraer já levantou a maioria do seu hedge zero cost collar, com um piso médio de R$ 3,32 e um teto médio de R$ 3,75.
ATIVOS E PASSIVOS OPERACIONAIS
A Companhia reportou uma sólida gestão do capital de giro no terceiro trimestre, que geralmente é negativo em preparação para o tradicional aumento nas entregas do quarto trimestre. As Contas a receber de clientes diminuíram R$ 247,0 milhões para encerrar o 3T17 em R$ 2.243,9 milhões, um dos menores níveis dos últimos anos. Os estoques também caíram R$ 400,5 milhões para R$ 7.740,5 milhões no final do 3T17, apesar do tradicional aumento sazonal dos estoques em antecipação ao crescimento das entregas no quarto trimestre. Outro fator que contribuiu para o capital de giro mais eficiente no 3T17 inclui a redução de R$ 55,9 milhões no Financiamento de clientes que encerrou o trimestre em R$ 53,9 milhões. Esse impacto positivo foi compensado por uma queda R$ 565,5 milhões na conta Fornecedores que ficou em R$ 2.490,9 milhões no final do 3T17. A valorização do Real no trimestre também teve impacto na maioria das contas do balanço, levando-as a diminuírem. O Imobilizado caiu R$ 409,4 milhões, atingindo R$ 6.732,8 milhões e o Intangível teve crescimento de R$ 28,7 milhões, alcançando R$ 5.886,0 milhões ao final do trimestre, como consequência do investimento contínuo no desenvolvimento de produtos.
PEDIDOS FIRMES EM CARTEIRA
Considerando-se todas as entregas, bem como os pedidos firmes obtidos durante o período, a carteira de pedidos firmes a entregar (backlog) da Companhia teve crescimento de US$ 0,3 bilhão durante o 3T17 e ficou em US$ 18,8 bilhões.
RECEITA POR SEGMENTO
No 3T17, o segmento de Aviação Comercial teve participação de 64,6% na Receita líquida da Companhia, acima dos 61,2% do 3T16, apesar da queda de 11% na receita, se comparada ao mesmo período do ano anterior. O segmento de Aviação Executiva também teve queda de participação de 24,2% no 3T16 para 20,3% no 3T17, apresentando também queda de receita de 29% em relação ao ano anterior em função principalmente de um menor número de entregas no trimestre. O segmento de Defesa & Segurança teve 14,5% de participação na receita no 3T17, apresentando pequeno avanço em relação aos 14,2% do 3T16 apesar da queda de 14% nas receitas no período. Outras receitas representaram 0,6% de participação no 3T17 em comparação aos 0,4% do 3T16.
AVIAÇÃO COMERCIAL
No 3T17, a Embraer entregou 25 aeronaves comerciais.
Em julho, a atual família de E-Jets alcançou a impressionante marca de um bilhão de passageiros transportados em todo o mundo.
Em setembro, Embraer e SkyWest anunciaram um acordo para 45 aeronaves da atual geração de E-Jets. O negócio é avaliado em mais de US$ 2 bilhões a preços de lista.
O Programa E2 permanece no prazo, dentro das especificações e no orçamento previsto e em apenas seis meses (Abril/18), o primeiro E-Jet E2 (E190-E2) será entregue à norueguesa Widerøe. A companhia aérea começará a operar comercialmente sua nova aeronave de 114 assentos, dispostos em classe única, no mesmo mês.
Importantes etapas da campanha de testes em direção à certificação do E2 foram concluídas durante o 3T17. O protótipo E190-E2 concluiu com sucesso o teste de evacuação de cabine em agosto, finalizando também uma nova fase de testes em condições de gelo em setembro.
A Embraer também anunciou novos fornecedores de sistemas de entretenimento e conectividade em voo (da sigla em Inglês, IFEC - In-Flight Entertainment and Connectivity) para os E-Jets E2. A Meggitt Polymers & Composites irá projetar e produzir um conjunto de radome de alto desempenho para conectividade em voo, enquanto a KID-Systeme foi selecionada pela Embraer para fornecer o SKYfi Club – uma plataforma de transmissão de dados sem fio a bordo.
No segmento de jatos comerciais de até 150 assentos, a Embraer mantém sua liderança com mais de 25% das entregas no mercado mundial.
Ao final do 3T17, a carteira de pedidos e entregas acumuladas para a Aviação Comercial era composta da seguinte forma:
AVIAÇÃO EXECUTIVA
As entregas da Aviação Executiva no 3T17 foram de 13 jatos leves e sete jatos grandes, totalizando 20 aeronaves.
Durante o terceiro trimestre de 2017, a Embraer nomeou Stephen Friedrich como Chief Commercial Officer da unidade de jatos executivos. Reportando à Michael Amalfitano, Presidente & CEO da Embraer Aviação Executiva, Friedrich é responsável pela gestão direta da organização global de vendas de aviões novos e seminovos, bem como a supervisão de relacionamentos com clientes e colaboradores da indústria. Ele traz grande experiência em programas de vendas, marketing, finanças, suporte ao cliente e serviços somando mais de 30 anos de experiência nos setores de leasing e aeroespacial.
Também durante o 3T17, a Embraer entregou o primeiro jato executivo Legacy 500 montado em sua fábrica de Melbourne, Flórida. Desde a entrega do primeiro Phenom 100 montado em Melbourne, em dezembro de 2011, mais de 250 aeronaves foram entregues desta planta para todo os Estados Unidos e para mais de uma dúzia de países, como México, Canadá, China e a Austrália.
O suporte aos clientes prestado pela Embraer Aviação Executiva ficou mais uma vez posicionada em primeiro lugar na pesquisa de satisfação da revista AIN - Aviation International News. A Empresa manteve sua posição de liderança, recebendo uma pontuação de 8,4 em um total possível de 10 pontos, para jatos executivos novos e semi-novos. Este é o segundo ano consecutivo em que a Embraer recebeu o primeiro lugar no ranking. Estar em primeiro lugar suporte, ano após ano, reflete o compromisso contínuo da Companhia em oferecer aos clientes o melhor serviço e experiência.
A Air Hamburg, uma das maiores operadoras de jatos executivos da Embraer na Europa, recebeu o primeiro Legacy 650E. O Legacy 650E, que tem um alcance de 7,220 km (3.900nm), inclui uma série de recursos standard, como por exemplo, um sistema de visão sintética eautothrottle, interior redesenhado com três cabines, entretenimento em voo de alta qualidade e garantia de 10 anos ou 10.000 horas de voo.
DEFESA & SEGURANÇA
Durante o 3T17, o desenvolvimento e a certificação do programa KC-390 avançaram conforme planejado com os dois protótipos (001 e 002) tendo ultrapassado a marca de 1.350 horas de voo, com testes com paraquedistas em grandes altitudes e com emprego de equipamento de visão noturna de forma bem sucedida. O KC-390 realizou uma nova turnê de demonstração e apresentações para diversas Forças Aéreas em países na Europa, Ásia-Pacífico, África e Oriente Médio. Há campanhas de vendas ocorrendo em vários países do mundo, sendo que em Portugal a aquisição de cinco aeronaves (com a opção de uma sexta aeronave), mais pacote de suporte de logístico, está em estágio avançado. A produção serializada avança com a montagem das aeronaves 003, 004 e 005, além do início da fabricação de peças para as aeronaves 006, 007 e 008.
Com relação ao programa A-29 Super Tucano, a Embraer Defesa & Segurança, junto com a parceira norte-americana Sierra Nevada Corporation, participaram da avaliação de capacidade de plataformas de ataque leve realizada pela Força Aérea dos Estados Unidos da América (USAF). Como resultado desta avaliação, o A-29 Super Tucano cumpriu com todos os requisitos das missões desejadas, sendo classificado como Tier-1 para o experimento OA-X. A avaliação para o OA-X ocorreu na Base Aérea de Holloman, no Novo México (EUA), e faz parte do esforço da USAF para explorar os benefícios de adquirir um novo avião de ataque leve de baixo custo e que não requer futuros desenvolvimentos para fornecer apoio aéreo tático e desempenhar outras missões em ambientes permissivos e semi-permissivos, reduzir os custos de treinamento de pilotos de caça e acelerar a proficiência de pilotos.
No programa F-39, mais de 100 engenheiros da Embraer permanecem dedicados, tanto no Brasil como na Suécia, ao treinamento de manutenção e desenvolvimento do Gripen NG juntamente a engenheiros da SAAB.
Durante este trimestre, mais dois Phenom 100 também foram entregues para a Affinity Flying Training Services para utilização destas aeronaves pelo Ministério da Defesa do Reino Unido no treinamento de pilotos das Forças Armadas.
Em continuidade ao programa de modernização de Sistemas de Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo, a Atech assinou com a Força Aérea Brasileira (DECEA) um contrato de modernização do SIGMA – FASE 3 para o desenvolvimento e a implantação de evoluções do sistema que também compreendem a integração do aplicativo FPLBR, possibilitando o envio das mensagens de planos de voo em plataformas móveis iOS e Android. Na área de Controle de Tráfego Aéreo, a Atech assinou também com o Parque de Material Aeronáutico de Rio de Janeiro (PAME-RJ) o contrato de calibração dos subsistemas AMAN (Arrival Management) e MST (Multi Sensor Tracking), ambos do SAGITARIO.
Na Savis e Bradar, o projeto Sisfron, de monitoramento das fronteiras do Brasil, está evoluindo em linha com os replanejamentos alinhados com o Exército Brasileiro (EB), sendo que aproximadamente 2/3 do projeto já foram entregues até o final do 3T17, com conclusão da implantação prevista para 2019.
Durante o 3T17, o sistema (carga útil, plataforma e sistemas de solo) do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) foi testado e aprovado com sucesso. O controle do satélite foi transferido para a Telebras e a operação assistida foi iniciada. Além disso, foi assinado o contrato de Assessoria Técnica Especializada para planejamento de voo do satélite. A Visiona Tecnologia Espacial é a responsável pela integração do Programa SGDC o qual proverá cobertura de serviços de internet a todo o território nacional, além de fornecer um meio seguro e soberano para as comunicações estratégicas do governo brasileiro.
DESDOBRAMENTOS DA AÇÃO COLETIVA
Em agosto de 2016, uma ação coletiva (putative securities class action) foi ajuizada em um tribunal norte-americano em face da Companhia e de seus administradores, atual e antigo, pleiteando supostos danos sofridos em razão de declarações alegadamente enganosas da Companhia em relação às investigações de FCPA e assuntos correlatos. Em outubro de 2016, um tribunal federal de Nova Iorque nomeou um autor principal (lead plaintiff) e um advogado principal (leading counsel) para a ação coletiva. Em dezembro de 2016, o autor principal apresentou um aditamento ao pedido inicial (amended complaint). Em junho de 2017, a Companhia protocolou um pedido de julgamento antecipado da ação (motion to dismiss), objetivando a extinção sumária do processo. Até o momento, não houve a apreciação do referido pedido e a Companhia acredita que não existe base adequada para estimar provisões relacionadas a esta ação coletiva.
ESTIMATIVAS PARA 2018
A Embraer espera que 2018 seja um ano de transição, uma vez que a Empresa terá a entrada em produção seriada do primeiro modelo E2, o E190-E2, que está programado para ter sua primeira entrega em abril de 2018. A Embraer também dará continuidade a seus investimentos na nova geração da família de jatos comerciais, os E-Jets E2, com os modelos E195-E2 e E175-E2, com cronograma de entrada em operação no primeiro semestre de 2019 e em 2021, respectivamente. A Companhia também iniciará a produção seriada de seu novo jato médio de transporte multimissão, o KC-390, no segmento de Defesa & Segurança, com sua primeira entrega prevista para o segundo semestre de 2018. Além disso, no mercado de jatos executivos, a Embraer continua cautelosamente otimista de que em 2018 as entregas de jatos da indústria tendem a ser estáveis ou ligeiramente maiores em relação a 2017. Nesse segmento, a Embraer continua sua mudança estratégica de foco em preço, para o de criação de valor para seus clientes, aumentando o desejo e a fidelidade pela marca por meio de sua liderança na indústria em satisfação ao cliente e suporte pós-venda. Nesse cenário, a Embraer continuará a se concentrar no controle de custos e melhoria de eficiência que se traduzem em maior competitividade em todas as unidades de negócios. A combinação de nosso moderno portfólio de produtos e disciplina financeira são pilares importantes para enfrentar o atual ambiente de mercado.
É importante mencionar que a indústria aeroespacial é um negócio de capital intensivo, com longos ciclos de produtos que vão de 15 a 20 anos. Em geral, os ciclos incluem uma fase de desenvolvimento de aproximadamente cinco anos, seguida de um período de transição com duração de um a dois anos, com aumento de cadência de produção antes de atingir níveis de maturidade mais altos, onde a eficiência de custos e os ganhos de escala são totalmente capturados. Neste contexto, a Embraer encontra-se nessa fase de transição, com impactos negativos nos resultados de curto prazo, conforme apresentado abaixo em nossas estimativas para 2018. Na nossa expectativa, o portfólio atual da Embraer deverá gerar níveis mais elevados de resultados dentro de três a quatro anos, com ganhos significativos para nossa rentabilidade e geração de caixa, pois: (1) as entregas de jatos comerciais voltarão aos níveis históricos; (2) a entrada em operação e o aumento de cadência de produção da família E2 estarão completos; (3) as condições gerais do mercado na indústria de jatos executivos deverão melhorar; (4) serviços e suporte de novos produtos continuarão a ganhar relevância; e (5) os investimentos em Capex e desenvolvimento serão reduzidos com a conclusão do programa de desenvolvimento dos E-Jets E2.
Para 2018, a Embraer espera que as entregas de jatos comerciais fiquem entre 85 a 95 jatos, uma vez que esse será o primeiro ano de transição da família de jatos comerciais E1 para a família E2. Considerando-se o recente nível de demanda, com a Embraer obtendo a maioria dos pedidos das empresas americanas no mercado regional, as entregas do modelo de jato E175 deverão representar grande parte do total. A Companhia espera um aumento gradual da cadência de produção do E190-E2, garantindo padrões de qualidade e desempenho mais altos para nossos clientes. As entregas deste novo jato deverão representar cerca de 10% do total para 2018.
As estimativas de entregas no segmento de jatos executivos são as mesmas para 2018 em comparação com as perspectivas de entregas de 2017, em linha com nossa expectativa de um mercado global estável e do nosso foco renovado na proposição de valor de nosso amplo portfólio de jatos executivos. A Embraer espera que as entregas totais de jatos executivos sejam de 105 a 125 unidades no ano.
A Receita líquida consolidada deverá ficar entre US$ 5,3 a US$ 6,0 bilhões em 2018, refletindo principalmente o menor nível de entregas no segmento de Aviação Comercial. O EBIT consolidado deverá ficar entre US$ 265 e US$ 360 milhões, representando uma Margem EBIT de 5,0% a 6,0% no ano. Refletindo o menor número de entregas de jatos e a continuidade dos investimentos no desenvolvimento da família de jatos comerciais E-Jets E2, a Companhia prevê um consumo de Fluxo de caixa livre de no máximo US$ 150 milhões.
Essas estimativas são baseadas em suposições que estão sujeitas a vários fatores, muitos dos quais não estão e nem estarão sob o controle da Companhia.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
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