Marinha emprega mais moderno navio de pesquisa científica do Atlântico Sul em apoio à população gaúcha
- Navio de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira” realizará trabalhos para a retomada da navegabilidade na região.
Passados mais de três meses da maior catástrofe natural da história do Rio Grande do Sul, a
Marinha do Brasil (MB) segue em atuação nas localidades mais afetadas pelas enchentes,
apoiando a reconstrução do Estado e a retomada da normalidade do povo gaúcho.
A Força
empregará o mais moderno navio do Atlântico Sul na área de pesquisa científica marinha, o
Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) “Vital de Oliveira”, de 22 a 28 de agosto, para a
realização de trabalhos científicos em apoio à retomada da navegabilidade e economia da região.
O Navio registrará a situação do balizamento, do contorno de costa, dos pontos notáveis,
dos atracadouros, das estações maregráficas e a existência de possíveis perigos à navegação,
informações essas, necessárias ao planejamento da sondagem batimétrica do canal principal
entre Rio Grande e Porto Alegre, a ser realizada, posteriormente, pelo Navio Hidroceanográfico
“Amorim do Valle”, de menor porte e apto à continuidade das atividades.
A expectativa é que o trabalho hidrográfico realizado pelos navios da MB contribua para o
restabelecimento das rotas seguras aos navegantes, gerando impacto positivo para a economia do
Estado.
Todos os dados coletados serão repassados à Diretoria de Hidrografia e Navegação da
Marinha (DHN), que é responsável pela produção e divulgação de informações de segurança da
navegação e do ambiente marinho.
“Vital de Oliveira”
Equipado com sofisticados equipamentos capazes de mapear dados do
leito marinho, dos oceanos, da atmosfera e da coluna d’água, o NPqHo “Vital de Oliveira”,
operado pela Marinha, é fruto de uma aliança composta pelo Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovação, MB, Petrobras e Serviço Geológico do Brasil, tendo sido integrado às lides
hidrográficas em 24 de março de 2015.
Desde então, realizou cerca de 800 embarques de pesquisadores de 50 instituições
científicas e acadêmicas do País, totalizando mais de 1.200 dias de operação no mar.
Com 28
equipamentos científicos, conta com uma tripulação de 90 militares e a capacidade de receber
até 40 pesquisadores.
Equipamentos científicos:
• Ecobatímetros Multifeixe (EM710/EM122/EM2024): mapeamento submarino tridimensional por
feixes sonoros que medem profundidade;
• Ecobatímetro Monofeixe (EA600): mapeamento do leito submarino por um único feixe sonoro;
• Sub-bottom Profiler (SBP120): identificação de camadas do subsolo marinho por pulsos acústicos;
• Sonar de Varredura Lateral (Klein 5000v2): mapeamento de detalhes topográficos e
detecção de objetos submersos por pulsos acústicos de alta frequência;
• Perfiladores de Corrente (OS 75kHz/150kHz e WHS 300kHz): medição de intensidade e
direção da corrente na coluna d’água para estudo de circulação das correntes;
• CTD SBE9plus e Lançador de XBT MK21: medição de propriedades da água do mar;
• Rosette SBE32: coleta de amostras de água em profundidade;
• MVP 300/3400 e U-CTD: medição contínua de perfis verticais de propriedades da água;
• Veículo Remotamente Operado (Sub-Fighter 15k): filmagem e coleta de amostras de fundo marinho;
• Posicionador Acústico de Alta Precisão (HiPAP 501): determinação com precisão da posição de
veículos subaquáticos ou equipamentos submersos;
• Gravímetro (Micro-G LaCoste MGS-6): medição do campo gravitacional local;
• Magnetômetro (SeaSPY2): medição do campo magnético local;
• Termossalinógrafo (SBE21): medição de temperatura e salinidade da camada superficial do mar;
• Salinômetros (Autosal/Portasal): medição de salinidade em amostra de água;
• pCO2 (GO8050): medição da pressão parcial de CO2 da água;
• Amostrador de Plâncton (Multinet): redes para coleta de plâncton e microplásticos;
• Radar de Ondas (WaMoS II): monitoramento de altura, período e direção das ondas;
• Amostradores de Fundo (Box Corer/Van Veen): coleta de sedimentos do solo marinho;
• Testemunhador (Piston Corer): coleta pontual e vertical de sedimentos do solo marinho; e
• Estação Meteorológica (VAISALA AWS430): coleta automática de dados meteorológicos.
Comentários
Postar um comentário
Participe, deixe seu contato!